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Em entrevista, campeã olímpica Rebeca Andrade fala de rivalidade com Simone Biles, familia e cantoria

 

Foto: Marina Ziehe/COB

  

Carisma, simplicidade e humildade. A maior representante olímpica do Brasil, Rebeca Andrade será a próxima entrevistada de Ivan Moré no programa "Qualé, Moré?", da RedeTV!. A conversa, que vai ao ar nesta sexta-feira (20), oferece uma visão única sobre a trajetória da ginasta, abordando suas conquistas, desafios, fontes de inspiração, fama e até momentos descontraídos, como se arriscar na música e brincar de “isso ou aquilo”. Para dar o pontapé inicial, o apresentador perguntou como tem sido esse momento de reconhecimento e representatividade após as Olimpíadas.


“Estou extremamente feliz com todas as minhas conquistas e com o que represento hoje. Foi uma jornada difícil até chegar aqui e alcançar o que conquistei, por isso guardo cada vitória com muito carinho. Receber tanto apoio, torcida e afeto é algo maravilhoso. É curioso porque, no fim das contas, só fiz o meu trabalho, sabe? Mas é incrível ser recompensado com tanto amor”, contou.


Olimpíadas de 2024 e rivalidade com Simone Biles


Diante da enorme repercussão nas Olimpíadas de Paris, Rebeca Andrade refletiu sobre seu desempenho e o momento icônico em que compartilhou o pódio ao lado de duas ginastas americanas, incluindo Simone Biles. “As meninas sentiram que aquele era um momento muito especial para mim. Estávamos ali, três mulheres negras no pódio, mostrando que é possível chegar lá, apesar de todas as barreiras e dificuldades. Fizemos acontecer e foi tudo muito divertido.” 


O apresentador também perguntou sobre como é competir com Simone Biles, considerada a maior ginasta de todos os tempos. A brasileira destacou o respeito e a admiração mútua, mas também falou sobre o clima competitivo: “É bom porque a gente se incentiva a ser melhor. Se qualquer uma tiver um erro, a outra está ali no calcanhar (risos). Competir junto da Simone é muito legal, ver o quanto ela estava vivendo as Olimpíadas foi muito diferente”. 


Superação de lesões e passado


Um dos assuntos abordados na entrevista foram os episódios de superação na carreira, especialmente com as lesões que quase fizeram a atleta desistir do esporte. “Foi mais sobre ter pessoas acreditando em mim e estando ali do meu lado que me fizeram voltar todas as vezes”, disse. 


Quando questionada por Ivan sobre o início de sua trajetória e a relação com a fama e o sucesso, Rebeca mencionou as dificuldades financeiras e as longas viagens até o treino, mas destacou a leveza com que vivia neste período: “O que realmente importava nunca faltou: o amor, o companheirismo, saber que um estava sempre ali para o outro. Hoje, é lindo olhar para trás e ver que tudo valeu a pena”. Mesmo com toda a visibilidade e reconhecimento, a atleta reforçou que continua sendo a mesma pessoa de sempre: “Filha da Rosa e atleta do Chico”. 


Inspiração para o mundo


Instigada pelo jornalista sobre o peso de ser uma referência para milhões de brasileiros, a medalhista olímpica reconheceu a importância de sua história: “Acredito que, hoje, eu seja um símbolo de fé. Que as pessoas possam olhar para mim e se inspirar”. Ela também contou como gostaria de ser vista, especialmente para jovens que enfrentam barreiras semelhantes às que superou.


“Eu quero que as pessoas olhem para mim e vejam que não importa de onde você vem, qual a sua cor ou a sua classe social, é possível conquistar grandes coisas. Eu venho de uma realidade onde muitas vezes disseram que não seria possível, mas eu acreditei, e aqui estou. Se eu consegui, outras pessoas também podem conseguir”, completou. 


Cantoria e ‘Isso ou Aquilo’


Em um clima descontraído, Rebeca também se arriscou na música com canções que costuma ouvir com a família e brincou de “Isso ou aquilo”, fazendo algumas escolhas rápidas. Música tema de sua atual apresentação no solo, “Movimento da Sanfoninha” tem a preferência da atleta, deixando em segundo lugar o hit “Baile de Favela”, que também já foi usada pela ginasta. Quando questionada se escolheria Simone Biles ou Nadia Comăneci, a medalhista deu empate, aos risos: “As duas. Eu não consigo escolher uma só”.

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