Grasiela Gonzaga/ Flag Football Brasil |
Por Eduardo Gigante e Marcos Antonio
Em entrevista ao Surto Olímpico durante a COB Expo, a presidente da Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), responsável também pelo Flag Football, Cristiane Kajiwara, explicou que o Flag Football visa atrair mais praticantes durante os próximos anos usando sua principal característica, que é a falta de contato - para parar o jogador, basta tirar a fita que ele leva em sua cintura ao invés de derrubar o jogador como no futebol americano:
"O Flag é perfeito (Para começar a praticar) porque ele não tem a trombada pra parar a jogada. Ele tira a fita na cintura. Então ele tem o mesmo objetivo inclusivo e estratégico de avançar o território, mas não tem a trombada, então não tem aquele risco daquele grande contato, né? Então é como se fosse um handebol, um basquete, só aquela coisa do contato de quadra. E ele (Flag Football) pode ser praticado em quadra ou campo, mas não tem aquele risco daquela lesão, daquele grande impacto como o futebol americano"
Razoavelmente bem estruturado, com clubes e escolinhas ao redor do país, o Flag Football espera se tornar mais popular e não ficar para trás com a modalidade se tornando olímpica, já que Cristiane sabe que os outros países vão concentrar investimentos na modalidade para a próxima olimpíada. E para isso, espera contar com o público que vem acompanhando a NFL e que vem crescendo cada vez mais:
" Toda essa visibilidade que acho que a modalidade alcançou depois do jogo da NFL e também agora com a oficialização do Flag como esporte olímpico, a gente tá tentando pegar tudo isso para transformar e ampliar a nossa modalidade. Porque a gente já pratica no Brasil mais ou menos há 20 anos tanto equipado (futebol americano) tanto Flag football e a modalidade nunca esteve tão com pauta como hoje. Como está em alta como tá agora, estamos tentando pegar tem canalizar essas atenções
A gente consiga de repente mais apoio, mais patrocinadores, para quem sabe conseguir alavancar e elevar o nível"
Cristiane usa o exemplo da seleção feminina de Flag Football, que está entre as melhores seleções ranqueadas no mundo, para mostrar que a modalidade está em um bom caminho e que precisa de investimentos para chegar em um bom nível daqui a quatro anos:
"Então a gente já tem treinado muito. Nossa seleção feminina já é quarta melhor do mundo. Então a gente vai tentar canalizar todo essa visibilidade para conseguir mais atrativos, mais investimentos para que a gente consiga daqui em diante, agora que o Flag é olímpico, a disputa vai ficar ainda mais acirrada. Acho que todos os países vão começar a investir e a gente também não quer ficar para trás" finalizou.
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