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Hakelly da Silva e Gabriel Tiburcio são os mais velozes no primeiro dia do Brasileiro de Atletismo sub-18

Hakelly da Silva e Gabriel Tiburcio são os mais velozes no primeiro dia do Brasileiro de Atletismo sub-18
Foto: Gustavo Alves/CBAt


Gabriel Souza Tibúrcio (AAARP-SP) e Hakelly de Souza Maximiano da Silva (AECD Macaé-RJ) são os atletas mais velozes do Campeonato Brasileiro Interclubes  Sub-18 de Atletismo. Os dois levaram o ouro nos 100 m rasos, prova realizada na sexta-feira (13/9), na pista da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife. 

O Campeonato prossegue até domingo (13/9), com entrada franca e transmissão da TV Atletismo Brasil ao vivo, de todas as etapas, duas por dia.

Hakelly de Souza Maximiano da Silva venceu os 100 m em 11.79 (-0.7), sua melhor marca pessoal (tinha 11.95 com vento válido e 11.84, marca invalidada pelo vento a favor acima do permitido). E comemorou a quarta medalha de ouro em Brasileiros na temporada 2024 - duas no Sub-20 (100 m e 200 m), uma no Sub-23 (200 m) e agora o ouro do Sub-18. Ainda vai correr os 200 m, com semifinal no sábado (14/9) e final no domingo (15/9).

Hakelly que foi ao Campeonato Mundial Sub-20 de Lima (Peru) este ano comemorou no pódio pelo resultado e pelo fato de a medalha do Brasileiro Sub-18 estampar sua imagem. Hakelly gosta de "abrir as asas" - esticar os braços - para comemorar as vitórias e essa é a imagem da medalha. "Me senti bem, gostei de correr aqui e da minha marca. E também da medalha. Queria agradecer ao meu treinador, Hiller Franco, que me ensinou a 'voar' para o mundo, dentro e fora da pista."

Para Hakelly, "o Mundial Sub-20 foi uma experiência única". "Foi muito legal e fiz novas amizades, com atletas de todo o mundo", comentou a velocista, que completará 16 anos no dia 31 de outubro. Ainda competirá na Gymnasíade de Bahein, em outubro.

Gabriel Tiburcio correu os 100 m em 10.74 (-0.5) para conquistar o seu primeiro título brasileiro, aos 17 anos. "Foi uma prova muito boa, larguei bem, senti um desconforto na posterior na perna direita, já no fim, mas nada que me impedisse de correr. Estou muito feliz", disse Gabriel, que jogava futebol na Escolinha do Botafogo, em Ribeirão Preto (SP), quando decidiu treinar atletismo em casa, na pandemia, com pneus, cordas e botijão de gás.

"Sempre gostei de correr", afirma o atleta, que treina na Cava do Bosque e na USP de Ribeirão com Alex Faustino e Sidney Avelino. Disse que se inspira no brasileiro Paulo André Camilo de Oliveira, o PA, e no jamaicano Usain Bolt.

Em outras provas realizadas na sexta-feira, Camila Ramalho de Campos (AETA-Taubaté-SP), com 4.42.72, e Henrique Rodrigues Alencar (CASO-DF), com 4.00.15, ficaram com as medalhas de ouro nos 1500m.

Camila, de 17 anos, treina com João Carlos Elisiario de Almeida e ganhou a prova com sua melhor marca pessoal em Recife. A prata foi conquistada por Aquiza Silvas (AAPS-AP), com 4.47.52, e o bronze por Isabele dos Santos Carlos (Clã Delfos-MG), com 4.49.04. 

"Minha corrida foi muito boa para o meu primeiro ano no sub-18, gosto de correr com esse tempo (um dia quente, mas nublado). E pegar pódio no meu primeiro Brasileiro foi muito gratificante. Quero agradecer ao meu treinador João Sena, ao meu clube CASO e as Loterias Caixa", disse Henrique, de 16 anos, que começou no atletismo com 8 anos num projeto social de Paranoá, no Distrito Federal.

Contou que corria as maratoninhas da Caixa, que davam bicicletas como prêmio. "Eu ganhei 12 bicicletas. Fui correr o sub-16 e fui medalhista nos 1.000 m e nos 1.000 m com obstáculos. Fui campeão dos JEBs", disse Henrique que passou a competir os 1.500 m nesta temporada, por orientação de seu treinador João Sena, pai de Caio Bonfim, medalhista olímpico de prata na marcha atlética 20 km nos Jogos de Paris-2024. "Sou um estreante na distância", observou Henrique, lembrando que as provas do meio fundo eram as do campeão olímpico nos 800 m Joaquim Cruz, que é de Taguatinga, também no Distrito Federal. 

No masculino, a prata nos 800 m ficou com Pedro Ferreira de Abreu (IPEC Londrina FEL), com 4.02.02, e o bronze foi ganho por Valdir de Souza Rocha Junior (Escolinha JP-GO), com 4.02.09.

Na etapa da manhã Viviany Almeida de Lima (Associação de Atletismo de Russanas-CE), de 15 anos, foi a primeira na qualificação do salto em distância com 5,99 m, novo recorde brasileiro sub-16 para a prova. A marca anterior, de 5,80 m, pertencia a Lissandra Maysa Campos desde 2017.

Já a paranaense Kimberly Cristiny de Souza Assiz (PM Colombo) ganhou destaque ao ser campeã do lançamento do martelo com sua melhor marca pessoal: 62,14 m.

Kimberly lançou o martelo três vezes acima dos 60 metros e comemorou o tricampeão brasileiro sub-18. Maria Laura Sales Correa (SOGIPA-RS) conquistou a medalha de prata (55,26 m) e Laura Almeida Lima (ATLEF-MA) a de bronze (49.46 m).

Foi também a nona medalha de Kimberly em Brasileiros, a sexta de ouro, nas categorias sub-16, sub-18, sub-20 e sub-23. "Não tenho dúvida que o martelo é a minha prova e sonho com Mundiais e Olimpíadas. Fiquei a dois metros do índice para o Mundial Sub-20 e isso significa que estou chegando. Comemorei muito a marca, mas também fiquei a dois metros do recorde do campeonato", comento Kimberly.

A atleta, que começou no atletismo quando tinha de 11 para 12 anos ainda poderá ir ao pódio no lançamento do disco. "Quero a minha décima medalha em Brasileiros." A qualificação da prova será neste sábado (14/9), às 9:50. 

A lançadora treina no Bosque da Uva, em Colombo (Paraná), num setor de cimento construído no chão e sem "gaiola" - a rede de proteção da pista oficial de atletismo. "O martelo pode chegar nas árvores, mas a galera sabe que estou treinando, dou um toque. Mas é difícil eu errar", observa.

Alessandro Borges Soares (Nipo Brasileira SMLER Araçatuba) conquistou a medalha de ouro no arremesso do peso, com 19,34 m. "Lutei pelo resultado, foi o que deu para hoje, mas sei que tenho potencial para mais." Alessandro, de 16 anos, gostou da experiência de ir para o seu primeiro Mundial Sub-20 em Lima (Peru), em agosto. "Aqui, sou líder do ranking, estou confortável, mas lá fora a gente vê que só tem gigante", disse Alessandro, que treina com Andrea de Britto há seis anos. "É um trabalho que está dando muito certo", afirma.

A medalha de prata foi conquistada por Pyetro Henrique Roberto Souza (ADC São Bernardo-SP), com 17,56 m e a de bronze por Victor Hugo Alves Souza (AABB Atletismo Cascavel-PR), com 16,53 m.

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