Foto: Pablo Vaz/STU |
Porto Seguro (BA) recebe a elite do skate brasileiro pela primeira vez em toda sua história, sede da quarta e penúltima etapa do STU National 2024, a ser realizada de sexta (06/09) a domingo (08/09), no Complexo de Esporte e Lazer do Mamagaya, à beira da Praia do Cruzeiro, na Orla Norte.
Para entrar definitivamente no cenário, a cidade tratou de construir pistas de Street e Park de grande nível e da mais alta qualidade. E foi justamente este um dos assuntos a dominar a coletiva de imprensa que abriu a programação do evento.
No bate-papo com os jornalistas, Isadora Pacheco, representante do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio e de Paris; Carla Karolina, skatista do Nordeste, natural de Maceió (AL); Ivan Monteiro, atual líder do ranking nacional no Street; e Ítalo Romano, uma das maiores referências do Paraskate brasileiro, que ainda busca inclusão nas Paralimpíadas – quem sabe já em Los Angeles-2028? Além de elogiarem muito as pistas projetadas pela empresa Spot, todos falaram também sobre a expectativa para o Super Finals, encerramento da temporada em São Paulo, em novembro.
Isadora Pacheco - Park
“A pista está demais. Porto Seguro e STU estão de parabéns pela construção. O nível de skate será muito alto e estou ansiosa para começar a competição. Esse complexo será um grande legado para a cidade e para o Estado. Já consigo ver um monte de talento vindo aí através dessas pistas. Tenho 19 anos e sou de uma geração que nem teve tanta dificuldade para andar de skate. Desde pequena sempre foi muito inclusiva para mulheres, mas sei que existiu muito preconceito. Depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio, deu um boom no skate feminino. Hoje em dia até se vê mais meninas do que meninos em algumas pistas. Agora, temos uma geração de skatistas que vai se formar aqui também em Porto Seguro, tenho certeza. Não será diferente do que acontece em outras cidades por onde o STU passa. Fico feliz de ser inspiração e uma das pioneiras dessa geração para a molecada. Quanto ao Super Finals, veio como um incentivo a mais. Apenas 12 chegarão à última etapa e isso já puxa você para elevar seu nível cada vez mais. É chegar em São Paulo, quebrar tudo e ver quem será o grande campeão brasileiro de 2024”.
Ivan Monteiro - Street
“Na minha opinião, a pista de Street de Porto Seguro é a melhor do circuito do STU neste ano. Pelo menos, é a que eu me identifiquei mais. Lembra um pouco a pista de Criciúma. É minha primeira vez aqui na Bahia, não conhecia, e estou muito feliz por também conhecer um pouco a cidade quando não estou treinando. A expectativa é a mesma de sempre, dar o meu melhor, chegar à final e tentar fazer mais um pódio. Nesse ano teremos uma última etapa muito importante, o Super Finals, onde apenas os 12 melhores de cada modalidade se classificarão. Por isso que a etapa de Porto Seguro se tornou ainda mais importante. Teremos uma briga boa naquela turma que está ali pelo décimo lugar, porque tudo pode mudar. Hoje, lidero o ranking, tenho mais pontos e uma garantia maior de estar na última etapa, mas, mesmo assim, para tentar me manter lá em cima, preciso fazer um bom resultado aqui. A etapa de São Paulo é bem importante pra mim. Nasci lá e saí muito novo do Brasil para morar na Califórnia. E esse será meu primeiro evento na minha cidade depois de muitos anos. Esse ano de 2024 é o primeiro STU National do qual quis participar da primeira à última etapa. Por isso, meu foco maior é a etapa de São Paulo e, assim, tive que chegar bem até aqui. Quero ganhar. Às vezes é difícil para alguns falarem que quer vencer, que quer fazer acontecer, mas tenho fé em Deus e convicção de que isso vai acontecer”.
Carla Karolina - Street
“A pista de Street está incrível, fiquei bem surpresa quando vi. Posso dizer que já é uma das melhores do circuito. Por ser aqui do Nordeste, de Maceió, passa a ser até uma opção para vir treinar. Em apenas dois dias de treinos livres e oficiais, todo mundo já conseguiu desenvolver um rolê muito bom. Ter isso aqui em Porto Seguro, um lugar lindo, pelo qual me apaixonei assim que cheguei, é importante demais para o skate e para a Bahia. Quanto a esse crescimento do número de meninas no skate, hoje consigo chegar na pista em Maceió e dar as minhas voltas com os caras, que já passam a incentivar. Quando era menor, ficava com vergonha porque tinha medo do que eles iam pensar ou achar. E, de uns tempos para cá, mudou demais e ainda está mudando. Estou bem feliz por estar em segundo lugar no ranking, meu desenvolvimento tem sido bem melhor neste ano. Não fui tão bem no ano passado e é legar chegar aqui e ver que tenho me superado a cada etapa, a cada competição, conseguindo dar meu melhor em todas. Não tenho dúvida de que essa etapa será ainda mais especial por isso, porque todas vão querer mostrar o que têm de melhor, realmente, para estarem no Super Finals em São Paulo”.
0 Comentários