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Prova das barreiras destacam Thiago Bonfim e Beatriz Monteiro Silva no Brasileiro de Atletismo sub-18

Prova das barreiras destacam Thiago Bonfim e Beatriz Monteiro Silva no Brasileiro de Atletismo sub-18
Foto: Gustavo Alves/CBAt


Thiago Bonfim (Praia Clube-Exército-Futel-MG), nos 110 m com barreiras, e Beatriz Monteiro Silva (ASPMP-SP), nos 100 m com barreiras, conquistaram os títulos da prova no Campeonato Brasileiro Interclubes de Atletismo, na tarde desta sábado (14/9), na pista da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife. Thiago, venceu com 13.79 (-2.1 m/s) e Beatriz com 14.28 (-3,4 m/s), numa tarde de forte vento contra na hora das corridas de barreiras. 

O Campeonato termina neste domingo (15/9), após mais duas etapas, com transmissão ao vivo pela TV Atletismo Brasil. 

"Gostei muito da marca pelo fato de o vento estar contra e é muito gratificante ser campeão brasileiro depois de bater na trave várias vezes. Fiz o índice para o Mundial Sub-20, mas nçao consegui me classificar porque fiquei com a quinta melhor marca do Brasil. Nos JEBs também foi terceiro colocado nos 110 e nos 100 m. Então eu estava procurando o ouro e a seleção brasileira", disse Thiago, de 17 anos, que foi prata nos 400 m com barreiras na sexta-feira. Comemorou o seu primeiro título brasileiro. 

Recebeu a medalha das mãos do pai, o atleta olímpico em Barcelona-1992 Jailton Bonfim. "Meu pai e também meu tio, Joilton, atleta olímpico em Seul-1988, me inspiram", treina em Brasília, no CECAF - "agradeço os bombeiros", disse -, com o Herbert Simões. 

A medalha de prata foi ganha por Odair Gonçalves Junior (AD Centro Olímpico-SP), com 14.18, e a de bronze por Cauã Henrique do Nascimento (ASPM de Pindamonhangaba-SP), com 14.41. 

Beatriz Camargo Monteiro da Silva (ASPM de Pindamonhangaba-SP), de 15 anos, foi bicampeã sub-18 dos 100 m com barreiras (14.28, -3.4) e dividiu o pódio com Larissa Schon de Morais (AABB- Atletismo Cascavel-PR), com 14.63 e Iasmin Marcelino (Clã Delfos), com 14.91. 

"Esse ano foi um pouco diferente porque eu estava fazendo o sub-20 que tem uma barreira mais alta e estou me adaptando de novo ao sub-18, que é mais baixa", disse Bia que foi ao Mundial Sub-20 de Lima (Peru). "Um nível muito alto, mas uma experiência muito boa. Se Deus quiser, daqui a dois anos, a gente está lá no Mundial Sub-20 de novo", observou a atleta que treina com Luiz Gustavo Consolino, em Pindamonhangaba. 

"Ela é uma atleta muito jovem, em seu primeiro ano de sub-18, mas que vem com experiência do sub-16. Esse ano foi bem diferente porque pode subir para o sub-20 - teve Brasileiro, Sul-Americano e Mundial Sub-20. E agora ainda tem a Gymnasiade, Mundial Escolar, o Brasileiro Escolar e o Sul-Americano Sub-18. Temporada longa, mas muito importante para o futuro pelas experiências acumuladas", avaliou Consolino. 

O resultado de Viviany Almeida de Lima (Associação de Atletismo Russana), no salto em distância, e o ouro do revezamento 4x100 m feminino, ambos da equipe de Russas, no Ceará, foram alguns dos destaques da manhã dO sábado (14/9)

Viviany, de 15 anos, venceu o salto em distância com 6,10 m (1.7), novo recorde brasileiro sub-16. A atleta melhorou a sua marca da qualificação, de 5,99 m, na sexta-feira (13/9) - já havia baixado a marca anterior de Lissandra Maysa Campos (5,90 m), de 2017. "Estou me sentindo incrível e quero agradecer o Jacques (Francisco Jacques Guimaraens), a minha mãe Marlene, minha tia Zilvania e também a Juliana Silva, a Juliana Guimarães e a Letícia", afirmou a cearense agradecendo ao grupo de mulheres, parentes e amigas, de quem recebe apoio para estar no atletismo há três anos. 

Viviany recebeu e comemorou sua medalha e uma hora depois voltou a pista para ganhar mais um ouro, dessa vez com o revezamento 4x100 m de Russas, em 49.33, juntamente com Maria Eduarda Queiroz Lima, Leticia Evelin Ferreira de Sousa e Moana Raveni Barbosa Barroso. Abraçadas comemoraram. E explicaram o segredo da equipe sub-18 de Russas. "Ter um bom professor e a confiança que ele passa aos atletas e o apoio da Prefeitura de Russas", disse Maria Eduarda, com a concordância das colegas. 

As finais dos 400 m foram destaque também com vitórias de Leticia Evelyn Lopes (IPEC Londrina FEL-PR), em 55.85, e de Alan Pierre Ales da Silva (ADC São Bernardo), em 48.54. 

"Eu estava bem preparada para esta final, confiante. E estou muito feliz. Foi uma marca muito boa e mostra o que eu posso", disse Letícia, de 17 anos, que treina com Rodrigo Bueno, em Cornélio Procópio. Isadora Justiniana Pereira (SESI-SP) conquistou a medalha de prata (57.22) e Nayane Beatriz Alvez Xavier (ADEPOL/DF) a de bronze (57.92). 

"Eu esperava ganhar, queria muito ganhar porque no ano passado eu nem fui a final. Esse ano vim para São Paulo , do Maranhão, para treinar. Tinha 52 segundos como marca e corri para 48. Estou muito feliz, grato a Deus e a minha família, aos meus pais Joel e Luzinete", disse Alan Pierre, que treina com Marcelo Lima. 

Fernando Henrique de Sá Ferreira ficou com a prata nos 400 m (48.68) e Felipe Teixeira Barbosa com o bronze (48.96). Ambos são atletas do Instituto Athlon-SP. 

Numa boa disputa do salto em altura, Dereck Nunes Martins (Praia Clube-Exército-Futel), de 17 anos, conquistou a medalha de ouro com 2,02 m. Disse que esperava o pódio e que "se enche de energia porque não é fácil chegar". Foi o seu primeiro título brasileiro sub-18. "No Brasileiro Sub-23 eu fui terceiro colocado e isso me motivou", comentou Dereck, que treina no CTE da Universidade Federal de Minas Gerais com Márcio Prudêncio. "Eu treino o salto em altura há dez meses e está dando certo", acrescentou Dereck, que fazia salto em distância e 200 m. 

Nas finais dos 2.000 m com obstáculos, as vitórias foram de Natally Galdino Alves (ASPA-PB), em 7.13.61, e de Henrique Rodrigues Alencas (CASO-DF), em 6.12.61 - seu segundo ouro, já que venceu também os 1.500 m.


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