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Coluna Buzzer Beater: escolhas boas, mas o futuro ainda continua incerto

Wander Roberto/COB


A seleção de basquete (masculino) tem o seu comandante definido para o ciclo de Los Angeles-28: Aleksandr Petrovic adiou novamente a sua aposentadoria e foi confirmado como o treinador do Brasil. Sem dúvida uma boa escolha do termo esportivo. Só resta saber como será o planejamento do basquete para os próximos anos, que eu admito que estou preocupado - principalmente com o basquete feminino.

No masculino, os rumores apontavam que a seleção seria comandada por Tiago Splitter neste ciclo. Mas o ex-pivô iniciou sua carreira de treinador no Paris Basketball, que debuta na Euroleague e isso dificultou o anuncio, já que a liga europeia não reconhece as janelas FIBA e não libera jogadores e técnicos para as mesmas - mas ele permanece na comissão técnica. Ainda achei que Helinho pudesse ser efetivado, mas a escolha por Petrovic é boa. Ele se redimiu nesta sua última passagem, fez a equipe jogar bem, diminuiu os momentos de 'pane' da seleção durante as partidas e criou uma base forte para o ciclo que está por vir, que a gente espera que novos talentos surjam ou despontem para fortalecer ainda mais o grupo.

O que me preocupa é que se o ciclo não terá o planejamento afetado por uma possível falta de verbas. Se não lembram, Petrovic afirmou após a eliminação na olimpíada de Paris, revelou que comandou a equipe 'na amizade', sem receber salário, o que indica que a entidade tem passado por alguns problemas financeiros - Sempre passou,né? a recuperação vai ser algo demorado. O que garante que vamos ter verbas para fazer planejamento para se preparar para mundial e pré-olímpico? Admiro a entrega do Petrovic em comandar uma equipe sem ter ao menos um contrato, mas as coisas tem que ser organizadas para ele e para toda a logística da seleção

Mas o que me preocupa ainda mais é o basquete feminino. Passada toda a polêmica do pedido de demissão de José Neto, a seleção brasileira até agora não tem um treinador (a) fixo (a). Bruna Rodrigues, treinadora do Blumenau-SC, foi anunciada como treinadora interina em julho e se mantém neste estado deste então. A seleção feminina não teve boas atuações, perdendo inclusive o sul-americano para a seleção argentina, o que ligou o sinal de alerta novamente. O anúncio de Pokey Chatman, que treinou times da WNBA, atualmente é assistente técnica do Seattle Storm, como consultora técnica surpreendeu, mas informações sobre a sua função - ela vai escolher quem vai treinar a seleção e a filosofia de jogo? ou Ela vai comandar a equipe? - ainda são vagos. A expectativa é que ela tenha a estrutura para poder fazer mu trabalho a longo prazo na seleção.

A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) está com nova administração - Marcelo Sousa, substitui  Guy Peixoto - claro que ainda é cedo para mudanças efetivas, mas a expectativa é que pelo menos ele consiga conduzir bem o ciclo da seleção, que ele mantenha os bons momentos das seleções para o ciclo - embora a feminina já caiu consideravelmente -, tenha o Comitê Olímpico do Brasil como parceiro na reestruturação da modalidade no país, que faça a ponte entre os clubes formadores e principalmente, que se entenda com o NBB. O Basquete depois de anos na UTI foi para o semi intensivo e só a união entre todas as lideranças do basquete masculino e feminino para colocar o esporte em seu devido lugar. A briga por poder só vai levar o basquete à ruína.

Como afirmei acima, não tenho questionamentos a escolha de Petrovic ao cargo de treinador de Chatman como consultora técnica. Ambos tem qualidade mais do que comprovadas para  os referidos cargos. A expectativa é que ele não sofra turbulências para poder comandar a seleção brasileira com de tranquilidade. Assim esperamos, já que todo o fã do basquete não aguenta mais sofrer com a seleção e depois do breve alento nesta temporada, não quer voltar ao fundo do poço de novo. 

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