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Do interior de SP para as Olimpíadas: conheça Vitória, torcedora fanática pelos Jogos Olímpicos

 

Vitória é loira e está sorrindo para a foto. Ela está de camisa amarela e atrás, está o Parc des Princes
Foto: Arquivo Pessoal

A vitória é o maior objetivo de um atleta. Afinal, o ouro é a glória máxima depois de tanto esforço. Quem também se esforça para estar nos grandes momentos do esporte e dos competidores é o torcedor e curiosamente, uma integrante dessa legião de fãs se chama Vitória. 

Natural de Araçatuba, interior de São Paulo, Vitória Capuano Morais de 26 anos foi uma entre tantos brasileiros que fizeram de tudo para poder ver os Jogos Olímpicos ao vivo e ela ainda esteve em outro evento de extrema importância do ciclo, o Pan de Santiago-2023

Assim como muitos fãs, ela começou a acompanhar o esporte ainda criança e uma de suas primeiras lembranças de torcedora é da maratona de Atenas 2004, quando tinha apenas 6 anos. Mas ela lembra mais é dos Jogos seguintes, quando tinha 10 anos. 

Óbvio que ela também tem suas preferências, tendo como uma de suas marcas ser palmeirense e ela não nega que o seu amor pelo Palestra a ajudou a gostar ainda mais dos esportes. Não á toa, sua lembrança mais marcante como torcedora nas arenas e estádios é o 4 a 0 do Palmeiras em cima do rival São Paulo em 2015. 

 "O amor pelo Palmeiras me fez acompanhar o futebol como um todo e a expandir o gosto pelo esporte para outras modalidades", disse ela.

Ela não fica sozinha, sua família a acompanha nesse amor pelo esporte, sendo eles a sua inspiração para começar a acompanhar as competições, Além disso, a presença do Vôlei Futuro na sua cidade e a proximidade com alguns atletas impulsionaram sua paixão. 

"Comecei a gostar de esporte por sempre ver meus pais assistindo futebol (minha mãe torcendo pro Palmeiras e meu pai pro Corinthians), mas também por ter tido o Vôlei Futuro ativo aqui em Araçatuba por muitos anos, assim como a AEA. O Vôlei Futuro tinha muitas estrelas em quadra, alguns moravam no mesmo prédio que eu, e essa proximidade com o esporte de alto nível era empolgante. Bons tempos de Ricardinho, Vissotto, Lucão, Paula Pequeno, Fabiana, Carol Gattaz". 

Vitória diz também que se não fossem seus pais, que dão a ela o maior apoio para que possa acompanhar e torcer para o Brasil nos estádios. Isso quando eles não se empolgam junto com a filha. 

"Se não fossem meus pais, eu não teria vivido praticamente nada disso. Eles também gostam de esportes olímpicos e embarcam na minha. Eu organizo e eles acompanham super empolgados"

Um dos esportes mais conhecidos das Olimpíadas, o vôlei entra na segunda colocação do seu ranking de esportes preferidos, mas fechando o pódio estão quase todos os outros, já que ela faz questão de estar vendo esportes. Mas ela deixa claro, a distância do segundo pro terceiro está cada vez menor.

"Considero que meu esporte preferido é o futebol e o segundo é o vôlei, mas cada vez mais sinto que a distância entre os outros esportes diminui. Não sei nem dizer qual seria o terceiro no ranking... surfe, skate, atletismo, ginástica, são tantos...". 

De agasalho e uniforme da seleção brasileira de vôlei, Vitória sorri na frente da entrada da arena do vôlei em Santiago
Vitória em frente a arena do vôlei em Santiago 2023 (Foto: Arquivo Pessoal)

De tão eclética, ela acha que se fosse atleta disputaria o heptatlo, já que ela gosta de saber um pouco de tudo e polivalente. Porém ela ressalta que não sabe se seria uma atleta de alto nível, até pelo fato de nunca ter tentado a modalidade.

O seu amor pelos Jogos Olímpicos a levaram a começar uma jornada ao final de Lima 2019 para estar no Pan de Santiago 2023 e nos Jogos de Paris 2024. Para isso, ela fez um planejamento de dar inveja a vários estrategistas, foi atrás de hospedagem, voos e ingressos para viver este momento.

No encerramento de Lima 2019 eu já decidi que tentaria ir para Santiago e fiquei por muito tempo pesquisando se já tinham liberado venda de ingressos porque sou ansiosa, mas em Jogos Panamericanos tudo acontece mais em cima da hora que em Olimpíadas né... então fiz o que dava pra fazer com antecedência que era reservar hotel e passagem aérea. Ir para Paris nas Olimpíadas também era algo que eu tinha em mente há muito tempo. Paris é minha cidade preferida no mundo, eu amo a França, falo francês desde mais nova e não poderia deixar de ir para meu evento preferido na minha cidade preferida
De cabelo solto, Vitória sorri e está na arquibancada do vôlei de praia,  com a quadra no fundo. Ela veste a regata amarela do vôlei
Foto: Arquivo Pessoal

O esforço foi recompensado. Ela pode ver a melhor campanha do Brasil em Pan-Americanos e mais uma ótima campanha em Jogos Olímpicos. Vitória diz que sente privilegiada por poder ver esse momento de evolução do Time Brasil nas competições tão de perto.

"Me sinto privilegiada por ver de perto a evolução do Brasil nas mais diversas modalidades, apesar de que estando em casa você consegue acompanhar melhor vários esportes ao mesmo tempo".

Como torcedora ela esteve em momentos com o Brasil em quadra, mas como boa amante do esporte, ela também foi em outras competições o que lhe rendeu ver um peculiar Uzbequistão x República Dominicana no futebol em Paris 2024. Ela admite também gostar um pouco de coisas aleatórias.  

Mas afinal, quem então é o seu maior ídolo. Afinal, todo torcedor tem uma referência. Vitória acha que ídolo é uma palavra forte e é bem criteriosa para escolher os seus, levando em conta o que os atletas fazem nas suas modalidades e vida pessoal, por isso, ela escolheu dois, Gabrielzinho e Fabi Alvim.

"Gabrielzinho da natação. Além de ele ser fora de série na água, ele é puro carisma e está sempre bem humorado, dá vontade de ser amiga dele. Gosto demais da Fabi Alvim também, que é outra que era fora de série em quadra e como pessoa mostra ser alguém muito sensata e que acompanha de perto o esporte olímpico".

Assídua nas transmissões esportivas e nos estádios sempre que possível, Vitória é uma entre os milhões de brasileiros que apoiam o esporte e assim, são um dos pilares do movimento olímpico brasileiro. Talvez nem ela e nem outros torcedores pensem nisso, mas são vitais para a evolução e sustentação do nosso esporte.

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