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| Foto: Reprodução |
Nesse domingo, 27, pela primeira etapa da Copa do Mundo de esqui alpino, em Solden, na Áustria, disputada no slalom gigante, o brasileiro-norueguês Lucas Pinheiro Braathen fez o seu retorno triunfal ao esporte e a esperada estreia com a bandeira do Brasil. O esquiador finalizou a prova na quarta posição, a melhor campanha de um atleta do país na história do esqui alpino. Na primeira descida, Lucas foi 19° e teve a segunda melhor largada geral, enquanto na segunda, foi o mais rápido no geral e ganhou 15 lugares.
A história do atleta braso-noruguês iniciou um novo capítulo nesse domingo, 27. O esquiador Lucas Braathen havia anunciado a aposentadoria pela seleção norueguesa em 2023, mas resolveu voltar ao esporte em 2024, dessa vez pela bandeira brasileira. O sonho é a medalha olímpica em Milão-Cortina 2026, na Itália, e o pontapé está dado.
A reestreia de Lucas no esqui alpino foi no tapete branco do slalom gigante de Solden, na Áustria. Prova que não é o forte de Pinheiro. O esquiador completou a prova na quarta posição, com o tempo acumulado de 2:10.40 (1:05.99 + 1:04.41), ficando a 0.90s do líder e ganhando 50 pontos na tabela da competição, além de 7.02 pontos FIS - quanto menor o número, melhor. Essa foi a melhor colocação de um brasileiro em uma prova de esqui alpino e alça Lucas para um ótimo início em busca de uma vaga nos Jogos Olímpicos de inverno.
🏅 Agora que respirei, vamos falar dos feitos inéditos que a 4ª posição do Lucas traz para os esportes olímpicos de inverno do Brasil
— Brasil Zero Grau (@BrasilZeroGrau) October 27, 2024
➡️ Melhor resultado do país em etapas de Copa do Mundo de qq esporte de inverno (acima da 6ª posição de Isabel Clark no Snowboard em 2014)
O pódio foi recheado por noruegueses, o ouro foi para Alexander Steen Olsen (2:09.50), prata para Henrik Kristoffersen (+0.65s) e bronze para Lie Atle Mcgrath (+0.66s). Lucas Pinheiro, agora competindo pela bandeira brasileira, finalizou a prova logo atrás, sendo 19° na primeira descida, o esquiador fez a melhor segunda descida - 1:04.41 - e subiu para 4° geral.
O modelo da prova é desafiador, na primeira bateria competem 74 atletas e os 30 mais rápidos ganham vaga na 2° descida para disputar a medalha. O resultado final soma os tempos das duas descidas e cada atleta só tem uma chance para realizar o tempo mais rápido, caso o esquiador perca um portão, está eliminado. A pista de Solden tem 370m de declive e se mostrou desgastada, principalmente para os atletas no final da lista de entrada, que sentiram a neve mais compactada e lenta.
Na primeira descida, Braathen iniciou a prova com muita velocidade e foi o 2° melhor na primeira parcial, perdendo apenas para o multicampeão Marco Odemaart, da Suíça, que não completou a prova. Em seguida, Pinheiro foi prejudicado pelas condições abaixo do ideal e perdeu tempo em relação aos líderes, mesmo tendo uma descida considerada excelente.
A tentativa do brasileira foi finalizada com o tempo de 1:05.99 e ficou a 1.68s do primeiro lugar provisório Alexander Steen, da Noruega. A marca foi o suficiente para a 19° posição, dentro do corte de 30 atletas classificados para a segunda descida.
Na segunda metade da prova, Pinheiro apresentou todo o seu talento e fez uma descida colossal, 12° na fila, o brasileiro destruiu os tempos anteriores e assumiu a primeira colocação provisória com o tempo somado de 2:10.40. A descida do brasileiro foi suave, rápida e sem problemas. Coube o esquiador e os torcedores esperarem a definição para conhecer a posição final. Após muita tensão, o trio medalhista norueguês furou a bolha e subiu ao pódio, deixando Braathen no quarto lugar.
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