Foto: Divulgação/CBSK |
A Seleção Brasileira Júnior de Skateboarding realizou um ciclo de preparação, entre terça (22) e sexta-feira (25), no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk), em Santos (SP). Esse foi o primeiro ciclo de treinos da Seleção na estrutura localizada no litoral paulista.
Dentre os nomes do Park, a semana de trabalho contou com Dan Sabino, Pedro Vita, Pietro Nunes, Fernanda Galdino e Maitê Demantova. No Street, participaram Matheus Mendes, Zion Moltocaro Furegato e Manuella Moretti.
“Foi muito importante esse treino que a gente teve. Foi a primeira vez. Uma experiência incrível estar do lado dos técnicos. Quando a gente se reúne, conhecemos mais uns aos outros, os atletas. Cada um vai incentivando um ao outro cada vez mais. A gente teve algumas palestras e acho muito importante porque não é só o Skate. É importante você ter uma saúde mental boa. Eu estou com uma lesão e os médicos e o fisio deram todo o apoio”, destaca Maitê Demantova, de 14 anos.
“Essa semana eu não consegui andar de Skate, mas mesmo eu estando machucada foi importante porque vai ter um Campeonato Profissional aqui (última etapa do Circuito Brasileiro Pro da CBSk) e eu e o Allan a gente fez uma linha. Fiquei assistindo demais os meninos andarem. A Seleção me ajuda muito. Já estou há quatro anos na Seleção. Eu vejo um progresso. Cada vez melhor, com uma estrutura melhor”, completa a skatista que se recupera de uma lesão e integra a Seleção Brasileira Júnior desde o ano de sua criação, em 2020.
Ao longo da semana, além das sessões nas pistas do Skatepark Chorão, os skatistas acompanharam palestras da equipe multidisciplinar que integra a comissão técnica da Seleção Brasileira de Skateboarding e ainda tiveram uma experiência com a prática de canoa havaiana.
“Está sendo uma experiência muito louca. Eu nunca imaginei que um dia eu pudesse estar na Seleção Brasileira Júnior. Estar participando de tudo isso é uma honra. Agradeço muito pelo convite. E estamos aqui se divertindo ao máximo, aproveitando. Não foi só Skate, a gente aprendeu sobre a vivência que o Skate proporciona. A gente foi fazer canoagem. Nunca imaginei na minha vida que eu fosse fazer canoagem. A gente está conversando com a Ju (psicóloga), com o doutor Mauricio, com o Carlão (fisio). Sou muito grato por tudo que a Seleção proporciona para nós”, destaca Zion Moltocaro Furegato, que aos 12 anos, integra a Seleção Brasileira Júnior há dois anos.
O grupo contou com o suporte da comissão técnica da Seleção Brasileira, representada por Bernardo Villano (Gerente de Seleções), Allan Mesquita (Consultor Técnico da Seleção Brasileira Júnior de Park), Fábio Castilho (Consultor Técnico da Seleção Brasileira Júnior de Street), Mauricio Zenaide (Médico), Carlos Barreto (Fisioterapeuta), Juliane Fechio (Psicóloga) e Milena Anuska Gonçalves (Assessora Técnica), além do próprio presidente da CBSk, Eduardo Musa, e de toda a estrutura administrativa da Confederação, localizada em Santos (SP).
“Temos atletas de 12 a 16 anos aqui reunidos. Esse treinamento contribuiu para que a gente construa uma cultura de Seleção dentro desse ambiente do Skate. Um esporte, por natureza, individual, com suas características próprias, e a gente tentando construir uma cultura coletiva de apoio e de estrutura coletiva para todos eles. A gente tem realidades diferentes quando se fala de um esporte individual. Atletas com possibilidades diferentes. Montar uma estrutura em que a gente consiga oferecer o mesmo nível de serviço para todos esses atletas pode ser um diferencial justamente nessa faixa etária, onde a gente está tentando identificar novos valores e potencializar o desenvolvimento desses atletas a longo prazo”, destaca Bernardo Villano, gerente de Seleções da CBSk.
“Na prática, poder reunir todos eles em um treinamento durante uma semana tendo toda a estrutura da Confederação Brasileira, fazendo com que eles possam enxergar de outra forma o Skate olímpico, tendo essa experiência aqui com a gente, que já estamos há longos anos em cima do Skate, trabalhando, se desenvolvendo, fazendo cursos no Comitê Olímpico Brasileiro para que a gente possa trazer todo esse material para que eles possam de desenvolver cada vez mais. São skatistas com grande talento, mas que ainda são pedras brutas. Nossa função é lapidá-los para que eles possam explorar todo esse potencial que todos têm”, acrescenta Allan Mesquita, consultor técnico da Seleção Brasileira Júnior de Park.
“O Brasil é o único país que tem uma Seleção Júnior, tanto no Street quanto no Park. E a gente trabalha cada vez mais com eles a importância dessa assistência da base. O que eles precisarem, todo o suporte, da parte psicológica, da parte física, a gente está aí para ajudá-los. Fora a parte técnica que nós, como técnicos, estamos a todo momento dispostos a pegar para treiná-los, a ir viajar, a dar o melhor suporte. O Skate é isso. O Skate é uma troca. Então, a gente pega o que sabe da nossa carreira e tem uma troca com eles. Durante essa sessão, a gente começa a entender até onde a gente pode chegar com eles. O que eles nos dão em troca são bons resultados, uma evolução constante, o reconhecimento que recebem do público e da mídia”, completa Fábio Castilho, consultor técnico da Seleção Brasileira Júnior de Street.
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