Foto: Sátiro Sodré/Saltos Brasil |
Ainda faltam dois dias para o início da 25ª edição do Mundial Júnior de Saltos Ornamentais, que será realizada no Parque Aquático Júlio Delamare, no Rio de Janeiro. Mas os 219 atletas confirmados na disputa, que vêm de 42 países diferentes, já tiveram a oportunidade de entrar no clima da competição, conhecer uma das instalações esportivas mais tradicionais do país e testar a estrutura montada para o evento. A primeira impressão foi a melhor possível, e os saltadores não veem a hora do campeonato começar para valer.
“A estrutura está muito boa, a plataforma é uma delícia para saltar e o ambiente de Mundial é completamente diferente. Não sei explicar muito bem essa sensação, mas para mim é uma novidade treinar com tanta gente ao mesmo tempo, com o ambiente lotado. Existe também aquele nervosismo inicial, mas que passa assim que iniciamos os treinos. Tudo isso nos traz uma emoção maior”, explica Paolla Bittencourt, 15 anos, inscrita nas provas de trampolim 3m e plataforma.
“Gostei bastante da estrutura, e o clima aqui é outro por ser uma competição tão importante. Acho que todo mundo fica um pouco mais ansioso, mas para mim tem também outro componente: o gás que às vezes falta em um treino comum”, complementa Miguel Cardoso, 18 anos, que treina diariamente com Paolla no Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB).
A programação do Mundial Júnior é composta por 17 provas, distribuídas ao longo de oito dias de evento (24 de novembro a 1º de dezembro), sempre começando às 8:30 e se estendendo até as 18:00. Os atletas estão divididos em duas categorias, a partir da faixa etária de cada um: A (16 a 18 anos) e B (14 e 15). Eles competem em provas individuais ou sincronizadas de trampolim (1 e 3 metros de altura) e plataforma (5m, 7,5m e 10m), além da disputa por equipes mistas.
A seleção brasileira terá oito saltadores: Débora Ciocler, Maria Faoro, Gabriel Perdigão e Miguel Cardoso estão na categoria A; já Karolina Polizos, Laís Aguirra, Paolla Bittencourt e Victor Molin compõem a categoria B. Perdigão é o representante carioca da equipe e, até por isso, o único a já ter saltado no Júlio Delamare. O atleta do Time Rio 21 realiza parte de seus treinos semanais no complexo aquático do Maracanã.
Com entrada gratuita, o Mundial Júnior de Saltos Ornamentais marca também o retorno das competições internacionais de esportes aquáticos ao Brasil após oito anos. O último grande evento em solo nacional foi os Jogos Olímpicos Rio 2016. Naquele mesmo ano, o Rio de Janeiro recebeu ainda uma etapa da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, que serviu como evento-teste para a principal competição multiesportiva do planeta. No caso do Júlio Delamare, o período sem sediar grandes eventos internacionais é ainda maior, desde os Jogos Pan-americanos Rio 2007, quando recebeu os torneios feminino e masculino de polo aquático.
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