Foto: Shopland/BPI/Shuttersto/SIPA |
A boxeadora francesa Sarah Ourahmoune, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de 2016, retirou sua candidatura para se tornar presidente da federação francesa de boxe, dizendo que foi alvo de ataques racistas e sexistas cruéis.
Em uma carta aberta publicada esta semana, Ourahmoune disse que se viu recebendo insultos que foram além de tudo o que ela poderia ter imaginado na preparação para a eleição do mês que vem.
"Palavras como 'o árabe simbólico', 'a faxineira da federação' ou mesmo 'o (palavrão) de...'", ela escreveu nas redes sociais. "Sem mencionar mensagens anônimas de violência sem precedentes e profundamente chocantes."
Ourahmoune estava fazendo campanha em uma candidatura conjunta ao lado do atual presidente, Dominique Nato.
Outra boxeadora, a campeã olímpica de peso leve de 2016, Estelle Mossely, também é candidata.
"Nunca pensei que seria atacada assim por causa das minhas origens ou simplesmente porque sou mulher", disse Ourahmoune.
“Minha decisão de renunciar me custou muito, porque parece contradizer tudo o que defendo diariamente: coragem, resiliência, capacidade de lutar em ambientes hostis, de ultrapassar os limites do que é possível e de defender a igualdade, a diversidade e o equilíbrio de gênero.
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