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Com manobras ousadas, Brasil é o melhor estreante na quinta temporada do SailGP de vela

Com manobras ousadas, Brasil é o melhor estreante na quinta temporada do SailGP de vela
Foto: Maíra Sarmento / Alex Tavares / AT Films
 




Foi um final de semana de estreia e muitos aprendizados para o time brasileiro no Sail GP - o Grande Prêmio de corrida de barcos a vela -, disputado neste final de semana em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Mesmo com poucos dias de treino, a equipe liderada pela bicampeã olímpica Martine Grael teve momentos de inspiração e garantiu ao Mubadala Brazil SailGP Team a manobra mais bonita da primeira etapa da competição - que viralizou nas redes sociais dos fãs de vela - , mostrando o potencial dos brasileiros. E os 10 pontos finais - o dobro dos italianos, também estreantes na liga - deixaram uma boa impressão.

O SailGP, circuito internacional de corridas sobre os mares, é a elite da modalidade e reúne os principais atletas do planeta na mais tecnológica e veloz classe de veleiros de regatas do mundo, a F50. Com embarcações rigorosamente iguais e até os dados de telemetria compartilhados entre todos, em provas de até 16 minutos, realizadas em raias apertadas e próximas do público, o circuito exige das tripulações o máximo de concentração e desempenho. Por isso, o entrosamento é fundamental e a experiência fala mais alto - como no caso dos vencedores em Dubai, os neozelandeses liderados pelo recente campeão da America’s Cup, Peter Burling

Para times novatos, como o brasileiro e o italiano, do também bicampeão olímpico Ruggero Tita, resta tentar aproveitar ao máximo as oportunidades de estar na água e ganhar horas de voo. Com cinco regatas disputadas – mais a prova final, em que somente os três líderes da tabela de classificação competem –, o Mubadala Brazil SailGP Team mostrou potencial que impressionou até mesmo o atual campeão do circuito, o espanhol Diego Botin. “No nosso primeiro ano eu só chegava em último. A competição é muito dura e os F50 são barcos que não se parecem muito com nada em que velejamos antes. É preciso ter paciência. Martine mostrou porque é uma campeã e teve momentos excelentes nas regatas”, declarou.

De fato, a imagem do final de semana em Dubai traz o time verde e amarelo como protagonista. Na terceira regata do sábado, no contorno da última boia, os brasileiros vieram voando sobre os hidrofólios e deixaram nada menos que cinco concorrentes para trás numa manobra precisa e ousada ao mesmo tempo. Neste domingo, apesar das duas largadas abaixo da média, a equipe mostrou poder de recuperação e conseguiu um sétimo lugar na primeira disputa do dia e, não fosse uma manobra ruim, numa parte da raia com pouco vento, teria obtido também uma boa colocação na última corrida.

Ao fim, o décimo lugar geral entre os onze times que competiram em Dubai teve um gostinho de superação e a equipe segue contando com a evolução rápida que demonstrou nos poucos dias de velejo que possui até agora. “A estreia foi meio dura e as condições de pouco vento não foram as melhores para os times novatos como nós. A gente queria mais, claro. Mas a gente aprende mais quando vai mal do que quando vai bem. Tenho certeza que nós saímos daqui com muita coisa que vamos levar para o futuro. É sempre um aprendizado”, resumiu Martine Grael. O próximo compromisso do Mubadala Brazil SailGP Team é o Grande Prêmio de Auckland, na Nova Zelândia, nos dias 18 e 19 de janeiro de 2025.

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