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Béla Károlyi, famoso e controverso técnico de ginástica artística, faleceu aos 82 anos. Romeno que fez história ao treinar Nadia Comaneci e depois fazer dos Estados Unidos uma potência olímpica na modalidade, morreu na última sexta (15), mas sua morte só foi confirmada neste sábado pela USA Gymnastics. A causa não foi divulgada.
Karolyi ganhou fama como treinador de Nadia Comaneci nos 70, quando a jovem ginasta de então 14 anos marcou época ao fazer uma atuação espetacular na olimpíada de Montreal em 1976 recebendo a primeira nota 10 do esporte. Nas redes sociais, Nadia postou uma foto de quando era criança, ao lado do treinador, dizendo "Um grande impacto e influência em minha vida. Descanse em paz"
Em 1981, um ano depois após criticar a arbitragem na olimpíada de Moscou por achar que Comaneci foi roubada, Béla e sua esporta Martha fugiram da Romênia e foram para os Estados Unidos, onde começaram a desenvolver a ginástica artística feminina. Ele começou treinando Mary Lou Retton a se tornar a primeira campeã olímpica estadunidense da ginástica artística em 1984.
Outro momento marcante da ginástica dos Estados sob o comando de Károlyi foi na olimpíada de 1996, quando Kerri Strug garantiu o ouro por equipes, o primeiro para as mulheres dos Estados Unidos na história, com um salto em um tornozelo gravemente machucado. Károlyi, carregou-a até o pódio de medalhas.
Károlyi se tornou brevemente o coordenador da equipe nacional do programa de elite feminina da ginástica dos Estados Unidos em 1999 e incorporou um sistema rígido e semicentralizado que eventualmente transformou as ginastas como as principais do esporte. Mas ele foi afastado após as Olimpíadas de 2000, depois que vários atletas se manifestaram sobre suas táticas, o acusando de abuso psicológico e físicos
Béla Károlyi, que já passava por problemas de saúde, estava recluso desde a explosão do caso de Larry Nassar, que chocou o esporte dos Estados Unidos após a descoberta de que o médico abusou sexualmente centenas de ginastas. Muitos deles uma dúzia de ex-ginastas se apresentaram dizendo que os Karolyis faziam parte de um sistema que criou uma cultura opressiva que permitiu que o comportamento de Nassar ocorresse sem controle por anos, mas nem ele e sua esposa foram acusados oficialmente como cúmplices de Nassar.
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