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Carol Santiago e Gabrielzinho são eleitos os melhores do ano no Prêmio Paralímpicos

 

Sílvio Ávila e Wander Roberto/CPB

A pernambucana Carol Santiago e o mineiro Gabriel Araújo, o “Gabrielzinho”, ambos nadadores, foram eleitos os melhores atletas paralímpicos de 2024, ano no qual o Brasil realizou sua melhor campanha da história nos Jogos Paralímpicos de Paris. O anúncio foi feito durante a 13ª edição do Prêmio Paralímpicos, apresentada por Loterias Caixa e realizada no Tokio Marine Hall, na noite desta quinta-feira, 12, em São Paulo.  

Carol Santiago, da classe S12 (baixa visão), foi destaque em Paris com três ouros e duas pratas, chegando a dez medalhas paralímpicas na carreira e se aproximando de Ádria Santos, maior atleta paralímpica brasileira. Esta foi a terceira vez que a pernambucana levou o prêmio:

“Foi um ano maravilhoso. Saio muito satisfeita. Foi uma preparação de três anos para os Jogos que me permitiram estar muito pronta para viver esses grandes resultados. Os atletas paralímpicos brasileiros fizeram história e fico muito honrada de fazer parte disso.”, disse a atleta, que nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.

Já Gabrielzinho, da classe S2 (comprometimento físico-motor), faturou três ouros, sendo uma das estrelas dos Jogos paralímpicos, ficando muito popular na França, chegando a ser citado pelo presidente do comitê organizador de Paris 2024, Tony Estanguet, como exemplo de atleta paralímpico. Este é o seu segundo prêmio de melhor do ano - o primeiro foi em 2023:

“Ter um reconhecimento destes para um atleta é maravilhoso. O ano de 2024 foi sensacional. Desde o primeiro dia do ano, sabia que seria diferente, mas não esperava algo que ficasse marcado desta forma. Claro que trabalhei muito pelos resultados e sabia o que eu era capaz de conquistar. Mas tudo o que aconteceu e a forma como aconteceu, em especial em Paris, transformou a minha vida e me levou a lugares que eu não imaginava. Agora é descansar com a família e voltar no ano que vem com força máxima, afirmou Gabrielzinho, que tem focomelia, doença congênita que impede a formação de braços e pernas.

Além dos troféus entregues aos destaques masculino e feminino do ano, o CPB premiou 24 atletas que se destacaram em suas respectivas modalidades em 2024 e outras nove homenagens.

Único prêmio decidido por meio de votação popular, o “Atleta da Galera” foi entregue à paulista Giovanna Boscolo, medalhista de bronze no lançamento de club da classe F32 (lesões encefálicas) nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A atleta tem Ataxia de Friedreich, doença neurodegenerativa rara que afeta, principalmente, o equilíbrio e a coordenação. Chegou a trabalhar com publicidade e artes cênicas, quando teve atuação na telenovela Chiquititas, e optou por cursar biomedicina. Em 2021, conheceu o Centro de Treinamento Paralímpico e iniciou estágio na área da Ciência do Esporte, período em que decidiu voltar para o esporte. Começou no atletismo em outubro de 2023.

Outros premiados da noite foram Fábio Vasconcelos, ganhador do prêmio Melhor Treinador de Modalidades Coletivas, após estar à frente da Seleção Brasileira de futebol de cegos na campanha do bronze em Paris; e Amaury Veríssimo, ganhador do troféu Melhor Treinador de Modalidades Individuais, ano no qual atletas treinados por ele conquistaram sete pódios em Paris, sendo dois ouros, duas pratas e três bronzes.

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