Foto: Alexandre Loureiro/COB |
Com o fim da temporada de 2024, que encerrou o ciclo olímpico para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, na França, o ano de 2025 se aproxima e está na hora de sabermos quem são as principais atletas femininas que vão brilhar e buscar crescer em suas modalidades. Faltou alguma atleta? Fala para a gente nos comentários!
Antes de tudo, definimos regras para a criação dessa lista, podem ser listadas atletas em processo de evolução nas modalidades que competem, atletas jovens em transição da fase juvenil para o profissional e equipes brasileiras em mundiais a serem realizados no Brasil. Dito isso, vamos aos nomes que foram separados por modalidade para melhor leitura:
Judô
A nova geração do judô brasileiro já iniciou os trabalhos em 2024, Bianca Reis (-57kg) e Dandara Camilo (-78kg) competiram no Grand Slam de Tóquio, no Japão, primeiro torneio do nível das duas judocas. Bianca teve um desempenho super positivo, a atleta do Pinheiros superou a compatriota Jéssica Lima e avançou até as semifinais, sendo eliminada e relegada a repescagem, caindo para francesa.
Apesar do torneio de fim de ano ser mais vazio, Bianca animou a comunidade, principalmente por superar Lima e conduzir com qualidade a renovação na categoria, que perdeu Rafaela Silva, nova judoca do -63kg. Os resultados em torneios juvenis, com títulos e pódios em competições pan-americanas e europeias, credenciam Reis como uma possível candidata a vaga para LA-2028.
Kulumbegashvili Tamara/IJF |
Um ano mais jovem que Bianca, que tem 19 anos, Dandara Camilo, de 18, compete na -78kg e também entra no circuito profissional com bons resultados na base. Ambas as atletas foram terceiras colocadas no último Mundial Júnior de Judô. No Grand Slam de Tóquio, Dandara foi sétima, mas pegou duas japonesas seguidas e foi superada pelas donas da casa.
Ginástica Rítmica
A disputa pela titularidade na disputa individual da Ginástica Rítmica entre Babi Domingos e Maria Eduarda Alexandre vai ter um ano de provações, com o mundial da modalidade sendo realizado em agosto, no Rio de Janeiro, as ginastas vão passar por um teste de fogo no primeiro ano de ciclo olímpico em direção à LA-2028, nos EUA.
Babi foi a representante do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 e brilhou com o décimo lugar no individual geral, sendo a terceira melhor no arco na qualificação e a quarta melhor na bola na final olímpica. Além disso, a atleta já foi sétima colocada nas maçãs no Mundial de 2023 em Valência, na Espanha.
Foto: Reprodução/Instagram |
Entretanto, a reserva de Domingos em Paris era Maria Eduarda Alexandre, a jovem estrela da modalidade, de apenas 17 anos, conquistou três top-10 em Copas do Mundo recentemente - 9° no individual geral e 8° nas fitas em Milão, na Itália, e 6º nas bolas em Sofia, na Bulgária - se credenciando entre as melhores do mundo. Com a proximidade do Mundial, a disputa interna entre Babi e Maria vai ser digna de atenção.
Em processo de renovação, o conjunto brasileiro buscará em 2025 recomeço e glórias com nova formação e pressão com o mundial em casa. As aposentadorias de Déborah Medrado, Giovanna Silva e Gabriela Coradine após a campanha de nono lugar nos Jogos de Paris, prejudicada pela infeliz lesão de Victoria Borges antes da segunda apresentação do Brasil, que já tinha o quarto lugar nas cinco bolas, abriu espaço e 13 atletas foram selecionadas para a seleção com nove lugares disponíveis - sendo cinco para titulares.
Tênis de Mesa
O quarteto juvenil feminino do tênis de mesa vem com tudo para o ciclo de LA-2028, lideradas pela 81º do mundo em simples, Giulia Takahashi, o conjunto também conta com Laura Watanabe e Karina Senaga. Giulia já está integrada ao circuito profissional e virou permanente na seleçao brasileira como a n°2 do país. Para 2025 a brasileira será mais presente em etapas de WTT e poderá receber convite para o Star Contender de São Paulo.
Já as demais mesatenistas, o crescimento na temporada será em ritmo mais lento, com mais destaque no circuito brasileiro e torneios continentais. O destaque é de Karina Senaga, a jovem atleta vem brilhando no circuito júnior, com 17 anos já está na 228ª posição do ranqueamento mundial adulto e é a atual 42ª entre as jovens sub-19, com mais dois anos de base.
Surfe
A força brasileira na modalidade radical vai além da "brazilian storm" masculina, além de Tatiana Weston-Webb, terceira colocada no Championship Tour (CT) em 2024, principal divisão da Liga Mundial de Surfe (WSL), a divisão Challenger Series (CS) carrega o futuro brasileiro feminino na modalidade com Luana Silva (12° no CT e 8° no CS), Laura Raupp (1° no Qualifing Series (QS) e 9ª no Júnior Series (JS)) e Sophia Medina (10ª no CS e 12ª no QS).
Foto: @WSL / Damien Poullenot |
Entre os principais motivos para o destaque ao surfe feminino é a mudança programada para as chaves femininas da WSL, o CT terá um acréscimo de atletas, indo de 18 para 24 competidoras, e por isso, o CS vai promover 7 surfistas para divisão principal. Em 2024, apenas cinco vagas estavam disponíveis, Luana subiria se a regra de 25 fosse aplicada na temporada atual, mas poderá brigar pelo acesso com mais tranquilidade no ano que vem.
A havaiana naturalizada brasileira competiu no CT em 2024 e foi relegada ao CS após o corte de meio de temporada, finalizando a participação na 12ª posição com três quintos lugares conquistados. Silva estará no CS e será uma das grandes surfistas para ficar de olho em 2025.
Ao lado dela, as jovens Laura Raupp, campeã sul-americana do Qualifing Series, terceira divisão, e Sophia Medina vão chegar ao CS com chances reais de disputa do título e acesso. Ao todo, o Brasil terá de cinco a seis atletas brigando por três vagas em LA-2028, com o ciclo sendo iniciado na temporada de 2025.
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