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Após o título do ATP Next Gen, torneio com os melhores tenistas da ATP até 20 anos de idade, o tenista brasileiro João Fonseca participou de uma entrevista coletiva. João, que entrou em um seleto grupo de mais jovens a vencer este torneio, ultrapassando Carlos Alcaraz e ficando atrás apenas de Jannik Sinner, que estão no top do ranking, foi perguntado se isso causa alguma pressão para que ele tenha uma performance parecida no circuito mundial. João admitiu que é uma pressão boa de se sentir:
" é uma pressão boa, que diz que eu estou no caminho certo. Obviamente quero fazer o que eles estão fazendo, ganhar Grand Slams. Espero que daqui a alguns anos eu esteja neste nível competitivo, enfrentando esses jogadores tão grandes para o tênis mundial. Se Sinner e Alcaraz fizeram essa trajetória, por que não fazer também? "
João também comentou sobre a cultura que o Brasil tem de fazer comparações e criar expectativas para se ter um novo ídolo no tênis e se mostrou bem tranquilo em relação a isso:
"É um pouco da nossa tradição (do Brasil) quando a gente vê um jovem atingindo coisas relativas grandes, já querem como promessa. Só quero ser o João, fazer minha história, viver o presente, sem pensar no que vou ser. Seguir minha rotina, com pessoas que me ajudam quer querem meu bem, ver eu alcançar e não ficar pensando nessas coisas de prodígio, cada um tem seu tempo. Não tenho que viver essas coisas e viver mais o presente"
João admite que sua ascensão tem sido mais rápida do que esperava desde que optou por continuar no circuito mundial ao invés de ir para a faculdade nos Estados Unidos e seguir o circuito universitário:
"Uma hora eu era juvenil, fui fazendo Grand Slams, ganhei US Open, fui crescendo... Obviamente a gente não conseguiu pensar muito bem, se fazia faculdade ou não. Só que depois do Rio Open eu tomei a decisão de seguir no tênis profissional e a minha família deu todo apoio. Esse é um conselho que eu dou a todo juvenil, de pelo menos conhecer a faculdade, de tentar. Mas eu não me arrependo não"
João mal terá tempo para descansar. Ele já sairá de Jedá na Arábia Saudita para a Austrália, onde irá disputar um Challenger, e não deve parar até o Rio Open em fevereiro. Para o próximo ano, ele tem suas metas, que é jogar em torneios cada vez maiores:
"Com certeza esse título me traz mais confiança, diria que já faz parte do ano que vem, comecei bem a temporada. Será um ano desafiador pra mim, será meu segundo ano como profissional, terei que defender pontos, preciso me acostumar com o circuito, será um ano interessante também. Quero seguir confiante, meu objetivo é jogar chaves principais dos Grand Slams, meta pessoal minha. Vamos fazer metas de ranking, mas é coisa mais pessoal que falo com meu treinador, não gosto de falar para criar expectativa. Mas uma das metas pessoas é jogar chave de slams, quero jogar torneios cada vez maiores."
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