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Após críticas na Paralimpíada, Futebol de cegos volta a ter partida de dois tempos de 20 minutos

Alessandra Cabral/CPB


A Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, da sigla em inglês) oficializou mudanças nas regras do futebol de cegos para o próximo ciclo que culminará nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028.

A principal alteração está no tempo de jogo, que voltará a ser de duas etapas de 20 minutos cronometrados cada, como era até a alteração feita no início de 2022. Até então, o tempo de jogo era de 15 minutos.

Naquela ocasião, a redução do período foi questionada pela comissão técnica brasileira, que considerou que o menor tempo de partida beneficiaria equipes menos preparadas fisicamente, que poderiam 'trancar' o jogo para vencer uma equipe superior tecnicamente.

Ex-treinador da Seleção e atual coordenador da modalidade na IBSA, Fábio Vasconcelos teve papel fundamental na nova alteração. “Acho um tempo mais justo para equipes que são mais profissionais”, destacou ele, que também é coordenador Técnico de Seleções da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).

Atual comandante do selecionado brasileiro, Júlio César Macena, o Cesinha, também elogiou a mudança. “Os verdadeiros amantes do futebol de cegos agradecem pelo retorno dos 20 minutos. Vamos nivelar por cima novamente”, disse.

Outra alteração importante diz respeito ao número de substituições. Até então, cada equipe poderia fazer seis trocas por tempo de jogo. Agora, as trocas são ilimitadas. Porém, precisam ocorrer em cinco momentos em cada tempo: três janelas para cada time; uma janela no tempo técnico da equipe solicitante; e uma janela no tempo técnico do time oponente: “O objetivo principal dessas mudanças é ampliar o número de gols”, analisa Fábio.

Outras duas regras impostas para este ciclo é que treinadores ou guias não poderão tocar no seu atleta para, por exemplo, empurrá-lo em uma determinada direção como forma de orientá-lo enquanto a bola estiver rolando, sob pena de um tiro indireto para o adversário. Se a interferência for em um atleta da equipe adversária, além do tiro livre indireto, também será dado cartão vermelho a quem cometer a infração; A outra regra é que durante um tiro livre ou escanteio,  nenhum jogador do time que está atacando poderá ficar dentro da área do goleiro rival, até que a bola entre em jogo.

Na última Paralimpíada, o Brasil perdeu sua hegemonia e sofreu sua primeira derrota em Jogos paralímpicos, perdendo nos pênaltis para a Argentina e depois conquistando a medalha de bronze. 

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