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Ketleyn Quadros revela transição para fim de sua carreira: "Quero ser porta de entrada para os atletas entenderem que isso pode ser saudável"

Luiza Moraes/COB


Ketleyn Quadros tem uma incrível carreira no judô. Primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica em um esporte individual em Pequim-2008, atleta a ganhar sua segunda medalha olímpica com o maior intervalo entre olimpíadas com o bronze por equipes em Paris-2024, a judoca de 37 anos começa o ciclo de Los angeles em período de transição em sua carreira, em que ela mesmo diz estar em seu final.

Em entrevista exclusiva para o Surto olímpico durante os treinos do Desafio Mano a mano de judô, Ketleyn revelou que agora seu objetivo é estar no mundial de judô deste ano em junho em Budapeste. E depois vai ver de competição em competição se seguirá nos tatames. A única certeza dela é que ela quer estar em Los Angeles, mas não competindo:

"Eu amo muito o que eu faço, eu me preparei muito para os Jogos Olímpicos de Paris e não teria sentido nenhum pegar toda essa preparação e parar simplesmente por parar. Então acredito que hoje em dia a ciência melhorou e a gente tem condições de fazer uma transição mais tranquila. A minha meta é maior campeonato mundial. Estou visando essa classificação do campeonato mundial e participar dele. Agora eu espero sim estar em em Los Angeles, mas de outra forma. Não competindo."

Ketleyn deixou claro que sabe que é uma exceção em conseguir ter em si a decisão da hora de parar, e quer ser exemplo para os atletas para fazer uma transição de carreira saudável:  "Não vejo sentido de continuar participando de mais Jogos Olímpicos. Não porque papai do céu não me deu saúde. É porque eu também tenho outros sonhos, tem outros planos e sei que tudo tem um começo, meio e fim. Então tô muito tranquila em chegar nessa reta final com excelente condicionamento físico, com zero cirurgias, a minha carreira é muito feita acima de muitas exceções, né? A gente não tem ninguém do Brasil que tenha uma medalha com uma diferença de 16 anos, né? Um atleta que chegou até hoje aos 37 anos,  quase 30 anos da modalidade,  com zero cirurgias, então eu sei que sou essa exceção.  E quero também ser essa porta de entrada para os novos atletas entenderam que uma transição pode ser saudável, ela pode ser sadia e também não precisamos levar em conta a expectativa só dos outros "

Ketleyn não deu muitos detalhes do que pretende no pós carreira, pois ainda não parou pensar nisso. Mas ela se preparou se formando em Educação Física, e fazendo muitos do cursos que o Comitê Olímpico Brasileiro disponibiliza para atletas e quando encerrar a carreira oficialmente, ela decidirá o próximo caminho a seguir:

"O que eu sempre procurei fazer (durante a carreira)? Me capacitar, né? Agora de fato, o que eu vou fazer depois só tem um jeito de saber: quando a gente encerra um ciclo, né? Porque quando você tá fechado muito em uma coisa as oportunidades acontecem, mas você não consegue enxergar. Então o que eu procurei fazer nessa transação foi cuidar bem assim, da parte financeira, da transição do próprio corpo, de não parar de uma vez, evitar essa sensação de quase morte em muitos atletas passam. Ela pode ser de forma mais saudável sim, então é isso que eu proponho para mim. Mas de fato eu só vou saber exatamente, qual seria a melhor oportunidade quando esse ciclo estiver fechado, Vou viver um dia de cada vez, mas pensando na meta do ano que é o campeonato mundial" concluiu

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