Michael Phelps urge que Comitê Olímpico dos Estados coloquem a saúde mental dos atletas em primeiro lugar

Foto: ASI

O ex-nadador estadunidense Michael Phelps pediu ao Comitê Olímpico dos Estados Unidos que fornecesse melhores recursos de saúde mental aos atletas dizendo que o comitê falhou com ele depois que ele começou a lutar contra ansiedade e depressão.

"Entrei nas salas de treinamento do USOC e não consegui atendimento. Os atletas precisam estar em primeiro lugar", disse Phelps ao Meet the Press da NBC. 

"Sem rodeios. As organizações da ABC tomaram algumas medidas na direção certa para obter ajuda e atendimento que nós, atletas, precisamos, mas elas não estão fazendo tudo o que podem, e isso me deixa chateado."

Quando perguntado sobre o que ele diria aos representantes da organização sobre o tratamento da saúde mental, Phelps disse que não diria "nada que possa ser registrado", pois ele tem "muita paixão e emoção" pelo tópico.

O nadador mais condecorado da equipe dos EUA tem sido aberto sobre suas lutas de saúde mental há anos e até revelou como ele considerou o suicídio. "Posso dizer que provavelmente tive pelo menos meia dúzia de crises de depressão pelas quais passei. E a de 2014, eu não queria estar vivo", Phelps disse ao programa de TV Today em 2017.

Phelps lembra como sua saúde física sempre foi uma prioridade, mas seu estado mental ficou em segundo plano no início de sua carreira e que ele o manteve em segredo para não perder sua vantagem competitiva.

"Mas acho que vi isso como um sinal de fraqueza e se eu compartilhasse algo sobre isso, daria uma vantagem aos meus concorrentes. E não estou tentando fazer isso, certo? Não quero dar uma vantagem aos meus concorrentes", revelou sua entrevista ao Today. O campeão olímpico disse ao Healthline em 2022 que foi depois dos Jogos de Atenas que ele começou a se sentir perdido.

"[Você] trabalha tão duro por quatro anos para chegar a esse ponto, e então é como se você estivesse... no topo da montanha, você fica tipo, o que diabos eu devo fazer? Para onde eu devo ir? Quem sou eu?" ele ponderou após ganhar seis medalhas de ouro e duas de bronze em 2004.