Após decisão de Donald Trump sobre transgêneros, IBA decide processar o COI

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A Associação Internacional de Boxe (IBA) disse na segunda-feira (11) que vai tomar medidas legais contra o Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a inclusão de Lin Yu-ting, de Taiwan, e Imane Khelif, da Argélia, nos Jogos Olímpicos de 2024.

As duas boxeadoras foram excluídas do campeonato mundial de 2023 da IBA após falharem nos testes de elegibilidade de gênero, mas o COI os liberou para lutar e ambos ganharam o ouro em Paris.

O COI organizou o boxe em Paris após a expulsão da IBA do movimento olímpico.

Em sua declaração, que vinculou sua ação à ordem executiva do presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada, buscando proibir atletas transgêneros de participar de esportes femininos, a IBA disse que está "apresentando uma queixa oficial ao procurador-geral da Suíça  sobre as ações do COI".

Ela disse que estava apresentando queixas semelhantes na França e nos EUA.

A ordem do presidente Trump de proibir atletas transgêneros do esporte feminino valida os esforços da IBA para proteger a integridade dos esportes femininos”, disse o presidente da IBA, Umar Kremlev.

“Esta declaração da IBA é apenas mais um exemplo da campanha da IBA contra o COI, que está em andamento desde que seu reconhecimento foi retirado pelo COI por questões relacionadas à governança, julgamento e arbitragem, bem como questões sobre suas finanças”, disse o COI a repórteres mais tarde na segunda-feira. “As duas atletas femininas mencionadas pela IBA não são atletas transgênero. Elas nasceram como mulheres, foram criadas como mulheres e competiram na categoria feminina durante toda a sua carreira no boxe, incluindo em competições internacionais anteriores, como os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, quando ambas não ganharam uma medalha.”

“Elas também competiram em Campeonatos Mundiais da IBA e torneios sancionados pela IBA antes de se tornarem vítimas de uma decisão repentina e arbitrária da IBA”, disse. “Perto do final do Campeonato Mundial da IBA em 2023, eles foram desclassificados sem qualquer processo devido.”