O prodigío João Fonseca concedeu entrevista após a derrota na estreia do ATP 500 Rio Open, nessa terça-feira (18), e destacou nervosismo e tristeza como principais sentimentos. O carioca de 18 anos foi eliminada pelo francês Alexander Muller por 1/6 6/7(4-7) em 1h32m, frente a lotada Quadra Guga Kuerten, maior arena do torneio.
![]() |
Foto: ©Fotojump |
A vitória do francês Alexander Muller (60°) sobre a promessa brasileira João Fonseca (68°) abalou o Rio Open, principal torneio de tênis da América do Sul, nessa terça-feira (19). O brasileiro admitiu nervosismo e pressão durante o jogo, mas afirmou que a derrota é um aprendizado para o futuro e que ainda tem muitos anos de tênis a vir, confira trecho da fala do jovem de 18 anos:
"Eu sabia que que nervosismo ia bater, que eu teria que enfrentar o nervosismo, teria que enfrentar o medo de jogar com tanta gente. Tentei de todas as formas, com todas as minhas forças, enfrentar o momento, mas infelizmente não consegui. Faz parte do esporte, de qualquer esporte. Esses momentos vão chegar.
"É seguir evoluindo, seguir aprendendo com essas experiências, para ficar mais forte no futuro. infelizmente triste com a derrota, mas pensando pelo lado positivo, é experiência para as próximas vezes."
"Não consegui jogar no jogo, não consegui ser no meu jeito dentro de quadra, meu jeito alegre, meu jeito feliz de jogar, não consegui arrumar essas formas, não consegui jogar com o público. É, eu acho que essa foi minha frustração de hoje. É, não consegui ser eu dentro do caso"
É muito raro tenistas emendarem 2 semanas seguidas em alto nível quando se ganha um título, ainda mais com 18 anos. Prejuízo zero em termos de ranking pro João por não ter defendido as QF do Rio Open do ano passado porque ganhou Buenos Aires anteriormente. https://t.co/43atypNjlY
— Carlo (@Carlo__96) February 19, 2025
João Fonseca chegou no Rio de Janeiro como campeão e n°1 do Brasil, após a conquista do ATP 250 de Buenos Aires, na Argentina. Esse foi o primeiro triunfo do carioca em torneios ATP. Entretanto, Fonseca enfrentou pressão e quadra lotada no Rio Open, aumentando a pressão e a demanda por um resultado positivo. O carioca comentou a sua performance na estreia e como as partes física e mental foram trabalhadas internamente:
"Eu sabia que teria que entrar fazendo do menos para mais, não ir indo para a bola do jeito que eu jogo. Mas acho que o primeiro game eu tive um break point, e se eu tivesse quebrado, o jeito do jogo poderia ter sido diferente, poderia ter me soltado um pouco melhor."
"Mas assim, eu acho que o diferencial do primeiro para o segundo set foi o nervosismo, fui abaixando um pouco os nervos e fui conseguindo me soltar. Conseguindo soltar o ar, mexer mais as pernas, ser um pouco mais sódico, mas obviamente era tarde demais."
"Ele estava jogando um bom jogo, na verdade eu não consegui enfrentar enfrentar o melhor dele, não consegui tirar o melhor dele. (Eu estava) 100% fisicamente, consegui fazer boas noites de sono, duas boas noites de sono, consegui descansar bem. De dor zerada também. Acho que hoje não teve nada a ver com o físico, foi mais a parte mental."
O brilho de João Fonseca vai além das quadras. A subida meteórica do carioca, que era top-700 um ano atrás, e agora se firma como o principal brasileiro no ranqueamento mundial, trouxe uma grande quantidade de torcedores com ele, tanto para o tênis quanto para o esporte no geral.
Acumulando 14 vitórias e duas derrotas em torneios corridos do circuito, o jovem é considerado futura estrela do tênis mundial. Sobre ser uma inspiração para crianças e futuros tenistas, Fonseca afirmou que está na profissão para ajudar outras pessoas:
"Bom, é uma honra. Acho que a gente tá na profissão para poder ajudar as outras pessoas. Obviamente tem o lado do tênis, né? Tô ajudando pessoas, inspirando pessoas a jogarem tênis, a estarem mais presentes no esporte. Ajudar ao Brasil a ser um país legal, um país que seja do esporte novamente.
"É o que eu tenho trabalhado, tento conseguir de alguma forma. Hoje não foi do jeito que todos nós esperávamos, mas só tenho a agradecer o carinho de toda torcida, de todo o povo brasileiro por ter me apoiado nesses dias aqui no Rio Open."
"Triste de não estar podendo fazer mais um jogo com o melhor público do mundo, mas é seguir trabalhando para que eu consiga ter mais momentos como esse no ano que vem. E seguir inspirando cada vez mais pessoas a jogarem tênis, a assistirem o tênis e ajudarem o Brasil a evoluir."
0 Comentários