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Surto Opina: Promissor, Brasil sai como um dos vencedores do mundial de handebol masculino

Foto: IHF


O mundial de handebol termina neste domingo (2) e terá o seu vencedor entre Dinamarca e Croácia, mas podemos dizer que quem também saiu vencedor desta competição é o Brasil. Com uma seleção renovada, com 11 jogadores que nunca tinham disputado um mundial e com um treinador que estava cercado de desconfianças pelos seus trabalhos, o Brasil fez sua melhor campanha da história em mundiais, sétimo lugar, e mostrou que se o trabalho for continuado, o potencial de crescimento desta seleção até Los Angeles-2028 é muito alto.

O mundial do Brasil foi muito surpreendente, porque a seleção jogou bem demais esse campeonato Vitórias contra seleções europeias tradicionais como a Noruega, Suécia e Espanha e quase uma vitória contra a semifinalista Portugal - lideramos por 45 minutos, mas perdemos forças no fim da partida - mostrou que temos uma geração tão boa quanto a considerada melhor da nossa história na década passada, que teve seu auge em 2019 com o nono lugar no mundial. 

E a derrota para a Portugal chega a dar uma dorzinha no peito porque se tivéssemos vencido talvez escaparíamos da poderosíssima Dinamarca, e quem sabe também teríamos vencido a seleção alemã assim como a seleção de Portugal - outra seleção que sai como vencedora neste mundial, com um time excelente - conseguiu.

O mais importante nesta renovação é que achamos excelentes jogadores para a espinha dorsal do time: Rangel da Rosa é um goleiro monumental e deve evoluir ainda mais nos próximos anos e se tornar um dos melhores do mundo. E Matheus Buda foi outro grande nome, que manteve no nível alto quando entrou - Aliás, nossa escola de goleiros de handebol é excelente, tanto no masculino quanto no feminino. 


Nomes como Guilherme Santista, Bryan Monte e Pannda ganharam protagonismo e com os remanescentes da antiga geração de 'ouro' como Thiagus Petrus, Haniel Langaro, Rudolph Hackerbarth e Gustavo Rodrigues se encaixaram perfeitamente. Fisicamente, a seleção foi muito bem também, o que ajudou na intensidade defensiva da equipe, grande trunfo desta equipe, assim como a coletividade ofensiva, dividindo a responsabilidade de decidir as jogadas no ataque. 

Claro, temos que falar de Marcus Tatá. Desde 2019 na seleção, e cercado de desconfianças por não classificar o Brasil para a última olimpíada, o treinador se provou um excelente técnico para quem ainda tinha dúvidas ao seu respeito e conseguiu fazer uma seleção renovada explodir antes do esperado. Agora, Marcus provou que pode fazer a seleção brasileira subir de nível nos próximos anos. Com a boa atuação neste mundial, o sarrafo subiu e o próximo mundial em 2027 será o grande termômetro do que esta seleção poderá fazer no Pan de Lima - que dá a vaga olímpica ao campeão - no mesmo ano.

Terminada a participação do Brasil, o sentimento é de esperança. O handebol, um dos esportes coletivos mais praticados em escolas e o mais escanteado no profissional no Brasil em termos de visibilidade, mostrou que tem potencial para incomodar e muito as seleções europeias nos próximos anos, e tem condições de estar entre as principais seleções de handebol no mundo. Estaremos de olho, torcendo pelo sucesso do Brasil.

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