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Foto: Gustavo Alves/CBAt |
Os universitários vieram de vários Estados do Brasil para o Troféu Adhemar Ferreira da Silva Loterias Caixa de Atletismo, que teve início na sexta-feira (28/3) e termina neste domingo (30/3) após duas etapas. O torneio junta atletas federados e universitários, em Bragança Paulista, São Paulo, competindo sobre as regras oficiais da World Athletics. Sob a hashtag #somosatletismo esta é a quarta edição da competição que a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) realiza.
Jefferson Rojo, treinador de atletismo da Universidade de Maringá (UEM), campeã de 2024, disse que percebeu um crescimento, de um ano para o outro, pela maior presença das atléticas na disputa do Troféu Adhemar Ferreira da Silva. Em 2024, a UEM foi a maior equipe da competição. Nesta edição têm 23 atletas, mas observou equipes maiores como as das Universidades Federal do Espírito Santo e do Rio Grande do Norte, a do Mackenzie e a da Federal do ABC.
Luan Francisco de Oliveira Cansi, da Universidade de Maringá (UEM), Paraná, faz decatlo, um dos maiores desafios para os universitários em função da diversidade de técnicas exigidas para as dez provas. Entrou na universidade em 2022 e hoje concilia os estudos, com as competições e sua profissão de dançarino.
Luan foi quarto colocado no decatlo (3.326 pontos), vencido por Arthur Ferrari (POLI-SP), com 4.836 pontos, com Arthur Bueno (Universidade Federal do Espírito Santo), em segundo lugar (3.734 pontos) e Gustavo Persek (Mackenzie) em terceiro (3.534). Entre os federados, a vitória foi de Pedro de Oliveira (Praia Clube-CEMIG-Exército-MG), que chegou da China onde disputou o heptatlo no Mundial Indoor e competiu. Pedro somou 7.449 pontos para ser o campeão do Troféu Adhemar Ferreira da Silva.
"Sou dançarino desde os 8 anos e quando comecei a cursar Educação Física, conheci e me interessei pelo atletismo - o treinador me viu e me chamou para o decatlo. O bom decatleta é aquele que consegue ir bem em todas as provas e não é o melhor em nenhuma. O fato de eu ser dançarino faz com que eu tenha facilidade para pegar as técnicas do martelo e do salto com vara, por exemplo, tratando o atletismo como se fosse uma coreografia." Luan é dançarino especialista em danças urbanas - vários estilos.
Para Luan, 24 anos, o esporte cresce no mundo universitário. Disse que na UEM os projetos são para toda a comunidade acadêmica - atletismo, futebol, ginástica artística e rítmica, dentre outras modalidades, envolvendo estudantes de todos os cursos. "Falando como atleta universitário, é muito boa esse integração com os federados. É outro mundo. Para mim, oportunidade de conhecer os atletas, como fazem as provas."
Esta foi sua segunda participação do Troféu Adhemar Ferreira da Silva. "No ano passado éramos a maior equipe e esse ano não somos mais."
O atleta olímpico Luiz Alberto Cardoso de Araújo, um dos maiores decatletas que o Brasil já teve (foi 10º colocado nos Jogos Olímpicos do Rio 2016), é atualmente treinador da Atlética da Medicina Bragança (Universidade São Francisco), de Bragança Paulista, São Paulo.
Luiz confirmou que este é também um mercado de trabalho para ex-atletas do atletismo como ele, ocupado também por vários outros atletas que não estão mais nas pistas. "A medicina, principalmente, tem atléticas fortes e várias competições entre as universidades", comentou Luiz. "Em São Paulo, além das competições entre as Medicinas também tem competições entre as atléticas das universidades de Direito", comentou Luiz.
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