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Caio Bonfim e Viviane Lyra ganham a Copa Brasil de marcha atlética

Caio Bonfim e Viviane Lyra ganham a opa Brasil de marcha atlética
Foto: Gustavo Alves/CBAt 



Os marchadores Caio Bonfim e Viviane Lyra ganharam no domingo (9) a Copa Brasil de marcha atlética, disputada em São Paulo.

Vice-campeão olímpico, Caio venceu a prova dos 20 km em 1:21.48 – agora, a família Sena Bonfim tem, no total, 22 títulos da competição, já que a mãe e treinadora do marchador, Gianetti Sena Bonfim, venceu a Copa Brasil oito vezes.

No pódio dominado pelo Centro de Atletismo de Sobradinho, Max Batista ficou com a medalha de prata (1:26.50) e Lucas Mazzo com o bronze (1:33.20). 

O brasiliense de 33 anos chegou ao Brasil na terça-feira à noite, depois de dois excelentes resultados na Ásia. Caio iniciou a temporada batendo o recorde brasileiro dos 20 km (1:17.37) em Kobe, no Japão, em 16 de fevereiro. No dia 1º de março, participou do Grande Prêmio da China, em Taicang, meeting Ouro do Circuito Mundial de marcha atlética – ele ficou em 6º lugar (1:18.20), primeiro atleta não chinês a cruzar a linha de chegada.

"Eu gostei do resultado. Queria ter batido a marca do ano passado (1:21.26), mas foi um ritmo muito bom. Claro, no ano passado não tinha esse cansaço, mas as pernas estão muito boas. Só faltou aquela perninha que tem quando você está totalmente descansado e, no final, dá uma apertadinha, uma crescida", disse Caio. "Mas eu consegui marchar bem contra os meus adversários e contra mim mesmo. Fui ajustando e marchei bem". 

O principal desafio de Caio em 2025 é o Mundial do Japão, que será disputado em Tóquio, no mês de setembro. Dono de duas medalhas de bronze (Londres-2017 e Budapeste-2023), ele já tem índice para as provas de 20 km e 35 km.

"A gente gosta de começar a temporada na Copa Brasil, mas esse ano foi um pouquinho diferente, porque era grande a vontade de fazer a prova do Japão, uma prova de 108 anos de onde sempre sai o primeiro do ranking. Eu queria estar lá e ver o que poderia sair. E aí saiu o recorde mundial (1:16:10, do japonês Toshikazu Yamanishi) e o meu recorde brasileiro. Gostei muito desse início de ano, mas agora é virar a chavinha, descansar um pouquinho e voltar a treinar."

Viviane Lyra vence no feminino 

Viviane Lyra (Praia Clube-Exército-Futel-MG) começou a temporada de 2025 com o "pé direito", conquistando seu 7º título da Copa Brasil. Com a vitória nos 20 km, parte confiante para a Europa, em busca do índice para os 35 km do Mundial do Japão, que será disputado em setembro.

"Eu estou muito satisfeita, porque fiz a minha primeira prova da temporada e já abri o ano com o pé direito", disse a marchadora de 32 anos, que treina com Luís Paulo Ferreira Porto e foi 7ª colocada no revezamento misto na Olimpíada de Paris, em 2024, em dupla com Caio Bonfim.

"Foi uma prova muito tranquila em São Paulo, do jeito que eu e o meu treinador programamos. Saio com muita confiança para buscar os meus próximos objetivos. Estou muito feliz e muito grata pelo trabalho que a gente vem realizando, com o apoio da CBAt, do COB, do meu clube e de toda a minha equipe multidisciplinar."

Antes de competir em São Paulo, Viviane passou um mês em Paipa, na Colômbia, em um camping de treinamento de altitude. No dia 18, segue para a Europa, com o objetivo de conquistar o índice para os 35 km do Mundial no Challenger de Dudince, na Eslováquia, dia 22. A marca mínima estabelecida pela World Athletics é 2:48.00. A brasileira tem 2:44.40 como recorde pessoal e recorde brasileiro, obtido justamente no último Mundial, quando foi 4ª colocada em Budapeste (Hungria).

Vivi já está qualificada para a prova dos 20 km, mas não esconde a sua preferência pela distância mais longa – no início de carreira, ela era uma das poucas brasileiras a marchar 50 km, prova que foi extinta pela World Athletics.      

"Eu sou uma pessoa que gosta muito de desafios, e eu tenho uma tendência para provas mais longas. São provas que levam a gente ao extremo, a tirar forças de onde a gente nem sabe que tem. É até um teste da nossa fé, da nossa força, da nossa coragem, e eu gosto demais. Então, no Mundial, quero fazer as duas provas, mas sei que minha prova mais forte é a de 35 km. Mas a temporada apenas começou, e eu tenho muito trabalho pela frente". 

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