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| Foto:Reuters/Albert Gea |
O ex-nadador francês Yannick Agnel, medalhista de ouro nos 200m livre e ouro e prata nos 4x100m e 4x200m livre como parte do revezamento francês nos Jogos de Londres 2012, comparecerá perante um tribunal criminal francês acusado de estupro e abuso sexual de uma menina de 13 anos.
Os eventos teriam ocorrido em 2016, embora a investigação não tenha começado até o verão de 2021, após a denúncia de um nadador que treinou com Agnel em Mulhouse, cidade na metade oriental da França, perto da fronteira com a Suíça e a Alemanha, entre 2014 e 2016.
A nadadora, filha de um dos treinadores de Agnel, acusou o atleta de ter tido um relacionamento com ela enquanto estava na casa de seus pais. O bicampeão olímpico francês tinha 24 anos na época e a vítima tinha apenas 13.
O juiz de instrução deve tomar a sua decisão final antes do final de abril e pode optar por arquivar o processo total ou parcial ou remetê-lo para o tribunal penal. O processo judicial começou depois que Agnel foi acusado em 11 de dezembro.
15 anos, o limite de idade na França
O nadador, que hoje tem 32 anos, sempre sustentou que a relação foi consensual e afetuosa. No entanto, a promotora, Edwige Roux-Morizot, argumentou que "os fatos constituem estupro e agressão sexual devido à diferença de idade, uma vez que o sistema de justiça considera que há uma verdadeira coerção moral".
Na França, a idade de consentimento sexual é de 15 anos. Isso significa que qualquer ato sexual com uma pessoa menor de 15 anos é considerado crime, mesmo que o menor concorde, com algumas exceções em que a idade da outra pessoa envolvida é levada em consideração.
Agnel, que foi batizado em homenagem ao tenista francês Yannick Noah, teve uma carreira brilhante, mas curta, porque se aposentou logo após os Jogos Rio 2016, com apenas 24 anos.
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