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Unidas por uma final olímpica e um sorriso, Bia Souza e Raz Hershko treinam juntas em São Paulo

 

Foto: Renan Dantas/Esporte Clube Pinheiros

As finalistas da categoria +78kg feminino no judô nos Jogos de Paris 2024, Bia Souza e a israelense Raz Hershko treinaram juntas nesta semana no Esporte Clube Pinheiros, clube onde a brasileira treina, em um intercâmbio entre as equipes dos dois países.

Além das duas, outros grandes nomes do judô estiveram lá como Larissa Pimenta e Timna Nelson Levy. Essa não é a primeira vez que Israel vem treinar em São Paulo. Antes da Rio 2016, o país treinou no clube vizinho, "A" Hebraica. Além disso, o país do Oriente Médio tem o brasileiro Charles Chibana como um de seus treinadores.

Bia e Hershko acabaram se tornando amigas, sendo rivais apenas no tatame. A brasileira contou que nestes treinos em conjunto não são praticadas todas as estratégias, já que querendo ou não, elas são adversárias. 

"Com certeza, a gente tem que trabalhar com muita inteligência, sempre trabalhando a estratégia, a parte técnica, da mesma forma que eles estudam a gente, a gente também está estudando. Mas tudo isso faz parte da experiência, é assim que funciona, a gente vai trocando sempre, a gente sempre tem algum detalhe para ajustar, a gente faz alguns testes também, acho que esse é o momento de aproveitar as oportunidades para ver o que funciona também", disse Bia.

Pódio de Paris 2024 (Foto:Gabi Juan)

A amizade ficou muito fortalecida no pódio olímpico. A brasileira estava em estado de choque após o ouro e na hora, a israelense falou pra ela sorrir, afinal, ela era campeã olímpica. 

"Ela estava chocada, eu acho que todas as emoções saíram, e é natural, porque ela é a campeã olímpica, e eu olhei para ela e ela estava como "O que eu estou fazendo aqui, eu não sei" e eu disse, não, ela tem que sorrir. Eu me lembro quando eu era criança, um dos treinadores disse, não importa se você pega o bronze, a prata ou o ouro, você tem uma foto para toda a sua vida, então você tem que sorrir, e ela é a campeã olímpica. Eu disse, não, ela tem que sorrir, sorri!", contou Hershko com um sorriso no rosto. 

"Ali naquele momento, estava passando um filme ali na minha cabeça, eu não tinha reparado no ginásio ainda e naquele momento que eu estava ali em cima do pódio foi quando eu comecei a olhar em volta de mim, estava aquela festa, os franceses gritando, cantando, uma energia muito grande dentro de mim, estava passando um filme na minha cabeça daquela menina lá, 7 anos de idade, aí quando eu estava aqui no final, ela "Smile!". Eu estava viajando na minha história, na minha cabeça, e ela estava ali "sorria, smile!", respondeu a brasileira. 


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