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Foto: Arquivo Pessoal |
O luge foi um dos primeiros esportes de gelo onde o Brasil teve representantes no cenário internacional, com Ricardo Raschini e Renato Mizoguchi que foram nossos representantes nos Jogos Olímpicos de Inverno em 2002. E após nove anos, o Brasil pode voltar a ter um atleta no luge em breve, através de Bruno Aguiar Valadão, brasileiro que mora na França e que conheceu a modalidade por lá.
Bruno Aguiar Valadão é natural de Vitória-ES e mora há quase 20 anos na França. Ele conheceu o luge inicialmente através de uma de suas variações, o street luge. Após gostar da modalidade, Bruno procurou um treinador e teve suas primeiras experiências no gelo em La Plagne, na pista que sediou os esportes de trenó nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1992.
“Eu entrei em contato com um treinador que é responsável pelo clube de La Plagne. E ele me iniciou no luge, primeiro com rodas porque ainda era no mês de outubro e ainda não tinha gelo na pista. E eu fiquei apaixonado pela modalidade. Não tem como não pensar na velocidade. O luge traz muita adrenalina. E é um esporte bem completo, porque exige muito da parte física também”, disse o atleta do luge.
Como muitos atletas de inverno, Bruno Aguiar Valadão também pratica outros esportes fora da temporada. Praticante de jiu-jitsu, ele viu alguns pontos de relação entre a prática das duas modalidades. “No jiu-jitsu a gente trabalha alguns músculos que não temos muito costume de trabalhar em outras atividades. E me dei conta que são músculos que a gente acaba utilizando no luge. Tem também a parte do foco e da concentração que são importantes para as duas modalidades”, afirmou.
Bruno ainda está em uma fase inicial no luge. Nessa última temporada de inverno, ele fez suas primeiras descidas na pista de La Plagne. Na próxima temporada, o objetivo do atleta é fazer o maior número possível de descidas em treino para aumentar o sua experiência. E quem sabe participar de suas primeiras competições. “Nessa minha primeira temporada eu fiz trinta e oito descidas no gelo. Nas próximas temporadas eu quero fazer o maior número de descidas possíveis para poder atingir um nível intermediário o mais rápido possível. Meu objetivo a médio prazo é de fazer algumas competições internacionais, mesmo que não sejam eventos oficiais da FIL. E Copa do Mundo é uma coisa que eu não descarto, mas vai depender de como eu avançar na modalidade”, explicou Bruno.
E mesmo se não conseguir competir oficialmente, Bruno Aguiar Valadão quer trabalhar para aumentar a visibilidade do luge. “Eu quero melhorar na modalidade e quem sabe participar de algumas competições, mas também tenho a ambição de contribuir para a visibilidade do luge. Tentar fazer algum projeto com a comunidade brasileira aqui na região, para que a gente possa iniciar mais jovens brasileiros na modalidade”, concluiu.
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