Pai de Jakob Ingebrigtsen diz no julgamento que foi superprotetor, não abusivo

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O treinador de atletismo norueguês Gjert Ingebrigtsen negou na segunda-feira (31/03) ter abusado fisicamente de seu filho e filha estrelas do atletismo, dizendo a um tribunal que ele tinha sido um pai excessivamente protetor que tentou ajudar seus filhos ambiciosos.

Gjert Ingebrigtsen se declarou inocente das acusações de abuso físico do bicampeão olímpico Jakob Ingebrigtsen e Ingrid Ingebrigtsen, uma atleta promissora que desistiu da corrida competitiva aos 15 anos em 2022

O treinador de 59 anos pode pegar até seis anos de prisão se for condenado, com o julgamento previsto para ocorrer até 16 de maio em Sandnes, Noruega.

Jakob Ingebrigtsen - que ganhou o ouro dos 5.000 metros nos Jogos de Paris e os 1.500 metros em Tóquio - descreveu na semana passada uma infância marcada pelo medo e manipulação quando subiu ao banco das testemunhas.

Jakob Ingebrigtsen descreveu vários incidentes de violência. Em um deles, os promotores alegam que Gjert Ingebrigtsen bateu em seu filho várias vezes após receber um relatório negativo sobre seu comportamento na escola quando ele tinha oito anos.

Na segunda-feira, Gjert Ingebrigtsen se dirigiu ao tribunal em sua própria defesa, dizendo que havia procurado proteger todos os seus sete filhos, mais dois dos quais também se tornaram atletas de sucesso.

"Destacar incidentes relevantes em relação às acusações pode fazer parecer que estou sendo retratado negativamente em relação aos meus filhos. Mas eu os amo imensamente", disse ele no tribunal.

"Eu me tornei pai muito cedo, com uma enorme necessidade de proteger", ele foi citado pela emissora estatal norueguesa NRK. "Eu me tornei o que se pode chamar de superprotetor."