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SurtoLista: Atletas que competiram em alto rendimento grávidas

Mailson Santana/ Fluminense FC

 A levantadora do Fluminense Pri Heldes viralizou nas redes sociais nesta semana ao jogar nas quartas de final da Superliga feminina vôlei grávida de cinco meses. Mas na história do esporte ela não foi a primeira e provavelmente não será a última atleta e futura mamãe a competir em alto rendimento carregando um filho no ventre.

E o SurtoLista vem enumerar algumas das principais atletas que estiveram em competições importantes e também em jogos olímpicos grávidas, quebrando tabus e enfrentando polêmicas para mostrar que gravidez não é doença, e com o acompanhamento médico, é possível sim praticar esportes: confira que, ao contrário que você deve pensar, a lista é grande:


Magda Julin - A patinadora sueca participou da olimpíada de 1920 em Antuérpia - Essa olimpíada de verão teve modalidades de inverno como patinação artística e hóquei- levando o ouro olímpico e foi dela o primeiro registro de atleta que competiu grávida na história do esporte! Ela revelou que participou da olimpíada ostentando uma gravidez de quatro meses, chocando a imprensa sueca na época, sendo a primeira mostrar que a gravidez não era uma doença e que as mulheres poderiam fazer exercícios físicos durante a gestação. 


Isabel - No Brasil, antes de Pri Heldes, que jogou grávida no vôlei foi a saudosa Isabel Salgado, que quando atuava no Flamengo resolveu jogar até o seis meses de gestação de sua segunda filha, Maria Clara em 1983, por estar se sentindo bem para jogar, segundo suas palavras. Ela repetiu a dose com os filhos Pedro e Carol Solberg, em 1986 e 1987 e apesar da polêmica na época, anos depois virou símbolo da prática de exercícios para mulheres durante a gravidez

(Reprodução/TV globo)

Jodie Grinham  - A britânica fez história em Paris ao se tornar a primeira atleta campeã paralímpica grávida. Jodie competiu grávida de sete meses e levou bronze na disputa individual e ouro nas duplas mistas ao lado de Nathan Mcqueen. Por conta do se triste histórico gestacional, com três abortos espontâneos em sua vida, Jodie foi acompanhada por médicos preparados para realizar um parto de emergência se necessário No fim, os médicos não foram acionados e Joddie saiu de Paris com duas medalhas olímpicas e dois meses depois, nasceu sua segunda filha, uma menina.

Valériane Ayayi Vukosavljevic - A jogadora de basquete francesa disputou as olimpíadas de Tóquio com um segredo: ela estava grávida de quatro meses. A atleta, que foi medalha de bronze com a seleção, revelou  a gravidez somente após os jogos, pois que ficou com medo de ser tratada diferente por companheiras e adversárias por conta da gestação. Somente a médica da seleção e a treinadora Valeria Garnier sabiam da gestação e Valérianne afirmou que se sentiu bem durante as partidas e não temeu que algo de ruim acontecesse, mesmo em um esporte com um contato físico mais intenso.


Alysia correu até aos oito meses de gravidez (Reuters)

Alysia Montaño - Alysia (foto) chamou atenção ao competir no campeonato nacional dos Estados Unidos de 2014 grávida de sete meses. A atleta chegou a ser criticada por correr uma prova tão extenuante como os 800m tão próxima de ter o bebê, mas Alysia queria incentivar a mulheres grávidas a praticarem exercícios, afirmando que se sentiu muito bem correndo em toda sua gravidez e queria mostrar que era possível. Hoje em dia ela posta nas suas redes sociais sobre exercícios e vida saudável durante a gravivez 

Kerri Walsh Jennings - Lenda do vôlei de praia, ao lado de Misty May, Walsh disputou as olimpíadas de Londres e sentindo algumas alterações de humor acima do normal, achou que era por conta tensão em conquistar o tri olímpico consecutivo. Mas ao revelar que sua menstruação estava atrasada para sua parceira May, ela recebeu como resposta: 'Você não está com muito stress, está é grávida". Após a conquista do terceiro ouro na capital britânica, Walsh fez o teste de gravidez que confirmou a gestação de cinco semanas.

Cornelia Pfohl - A arqueira alemã inovou porque não competiu uma olimpíada grávida: foram DUAS! Em Sydney 2000, Cornelia foi bronze por equipes competindo com uma gestação de três meses. E quatro anos depois em Atenas, ela competiu grávida novamente, só que desta vez a gestação estava em sete meses. A medalha não veio mas o bebê nasceu dois meses depois de sua participação olímpica na Grécia. 

Menção: Lora Webster, jogadora da seleção estadunidense de vôlei sentado, repetiu o feito de Pfohl nos Jogos Paralímpicos competindo grávida nos Jogos de Londres e de Tóquio.

Rebeca Blackwell/AP

Nur Suryani Mohamed Taibi - A atiradora malaia (foto acima) foi para os jogos de Londres para ser pioneira em duas marcas: Ser a primeira atleta da Malásia a disputar uma olimpíada no tiro esportivo e também ser a atleta mais próxima de ter um bebê a disputar uma olimpíada, superando Cornelia Pfohl. Nur Suryani foi para a olimpíada com oito meses de gestação e na época, ela recebeu críticas por disputar uma competição tão estressante próximo do parto, mas com o acompanhamento médico, seguiu em frente, revelando que atirava na prova do rifle de ar 10m nos intervalos entre os chutes de sua filha, que nasceu no mês seguinte.

reprodução/redes sociais


Serena Williams - Uma das maiores atletas da história do esporte, Serena Williams venceu com autoridade o Australian Open de 2017, sem perder um set sequer e derrotando na decisão sua irmã Venus. Ela parou após o grand slam, e em meio a rumores de lesão, em abril de 2017, ela revelou sua gravidez e que inclusive jogou grávida de dois meses durante o grand slam. Ela começou a sentir enjoos dois dias antes do torneio e ao ser atendida por um médico, descobriu estar esperando um bebê. Por ela ter tido uma gravidez de alto risco, ela teve que sair do circuito profissional para ter sua primeira filha, Alexis Ohanian. Ela voltou a jogar em 2018 e se aposentou das quadras em 2022.

Lisa Brown-Miller - A jogadora estadunidense não quis ficar de fora na estreia do hóquei no gelo feminino na olimpíada de inverno em Nagano e mesmo grávida de dois meses, pediu para ser convocada, mesmo sabendo dos riscos de disputar em um esporte de alto contato físico. As jogadoras da seleção dos Estados Unidos fizeram duas promessas: Em todo pré-jogo de passar a mão na barriga de Lisa  para dar sorte e o proteção à jogadora durante as partidas, ou seja, se alguém chegasse para um possível choque nela elas derrubariam antes. No fim, deu tudo certo e Lisa saiu como campeã olímpica e teve seu filho sete meses depois.

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