Mais jovem da Seleção de rugby em CR na Copa América, Gabriel Feitosa acumula títulos e experiência

Gabriel conquistou três títulos nacionais na modalidade

Foto: Alessandra Cabral/CPB
Foto: Alessandra Cabral/CPB

O paulista Gabriel Feitosa, da classe 3,5 (menor comprometimento de movimentos) é, aos 26 anos, o atleta mais jovem da Seleção Brasileira de rugby em cadeira de rodas que disputará a Copa América da modalidade no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, a partir de sexta-feira, 11.   

Natural da capital paulista, o caçula da equipe já tem uma trajetória consistente no esporte de alto rendimento e uma vasta experiência com a equipe principal brasileira, da qual faz parte desde 2018. ele foi eleito o melhor atleta de rúgbi do país em quatro edições consecutivas do Prêmio Paralímpicos (de 2021 a 2024), oferecido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), e conquistou três títulos nacionais com a equipe da Santer/RJ (2021, 2023 e 2024). Agora, veste a camisa da equipe Irefes, de Vitória (ES), onde vive desde fevereiro de 2024.

“Agora estou dedicado 100% à vida de atleta”, contou. “Ano passado eu ainda conciliava com a faculdade, mas hoje tenho dias com dois ou até três treinos: academia, quadra, fisioterapia. A rotina é puxada, mas eu gosto.”

Nascido com uma má-formação congênita, Gabriel teve contato com a natação desde os três anos de idade e iniciou sua participação em festivais e competições aos oito. Chegou ao rúgbi por meio do vôlei sentado, após ser notado por um técnico durante uma reportagem. “O técnico de rúgbi de Brasília viu que minha deficiência era boa pro esporte e fez a ponte com um time de São Paulo. Foi amor à primeira batida de cadeira”, lembrou.

Além das conquistas, o atleta se destaca também pela velocidade. “Acho que é meu ponto forte. Gosto de impor um ritmo mais intenso desde o início e manter isso durante o jogo. Tem adversário que começa a cansar, mas eu continuo. Tento usar isso a meu favor”, explicou. A característica o tornou peça importante na formação principal da seleção, conhecida como high low (formação com dois atletas de maior e dois de menor pontuação funcional), e o entrosamento com os companheiros de quadra é um dos fatores valorizados nesta reta final de treinos antes da competição.

Entre os atletas com quem tem maior afinidade está Júlio Braz, companheiro de longa data de clube e seleção. “O Júlio foi um mentor quando entrei no rúgbi. A gente tem essa parceria dentro e fora da quadra, jogamos juntos por muito tempo. Ele e a família estiveram na minha casa no mês passado. Isso faz diferença no entrosamento.”

A chegada da seleção brasileira no CT Paralímpico para a Copa América está prevista para terça-feira, 8. A equipe fará treinos técnicos, táticos e sessões de reconhecimento de quadra até quinta-feira, 10. O Brasil estreia na competição no dia 11 de julho, contra o Peru, com jogo marcado para às 16h, logo após a cerimônia de abertura.

“Nosso foco é manter o ritmo intenso e a comunicação em quadra. A gente já tem sintonia até no olhar. A expectativa é brigar pelo pódio, quem sabe chegar numa final, ainda mais jogando em casa, com a torcida e a família por perto”, afirmou Gabriel.

Redação Surto Olímpico

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Desde 2011, vivendo os esportes olímpicos e paralímpicos com intensidade o ano inteiro. Estamos por trás de cada matéria, cobertura e bastidor que conecta atletas e torcedores com informação acessível, atualizada e verdadeira.
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