Seleção feminina venceu quatro jogos e perdeu outros quatro
A seleção brasileira feminina de críquete T20 competiu em torneio amistoso em Kwibuka, Ruanda, entre os dias 3 e 12 de junho, com quatro vitórias e quatro derrotas obtidas ao longo da fase inicial. A campanha rendeu o oitavo lugar geral para o Brasil, que somou oito pontos ao fim dos oito jogos disputados. No mês de março, a seleção foi a terceira melhor no torneio qualificatório para o Mundial, ficando sem a vaga.
O críquete T20 vai fazer a estreia no programa olímpico em Los Angeles 2028, próxima edição dos Jogos Olímpicos, como parte das modalidades escolhidas pelo comitê local, e o Brasil vai buscar classificação olímpica para a edição estadunidense. Para poder alcançar as poucas vagas oferecidas, a equipe feminina está com calendário cheio neste ano de 2025.
Neste mês de junho, a seleção do Brasil foi à Ruanda e disputou o Kwibuka Women’s Tournament, torneio que reuniu, além das brasileiras, Ruanda, país-sede, Zimbábue, Serra Leoa, Malawi, Nigéria, Tanzânia, Uganda e Camarões.
A equipe brasileira obteve vitórias contra Malawi, Nigéria, Camarões e Serra Leoa, mas perdeu para Ruanda, Tanzânia, Uganda e Zimbábue. Como cada vitória rendeu dois pontos, o Brasil somou oito pontos e foi oitavo geral. No formato de competição, as quatro primeiras equipes se classificavam à fase final, portanto as brasileiras não avançaram.
Em nota, a Confederação Brasileira de Crícket (CBC) salientou a importância do torneio para a região e o esporte: “Este não é apenas mais um torneio internacional. É uma competição que carrega um profundo simbolismo. “Kwibuka” significa “lembrar” em Kinyarwanda, e o torneio foi criado em homenagem às vítimas do genocídio de 1994 em Ruanda — um evento trágico que tirou mais de 800 mil vidas.
“O cricket, com sua natureza respeitosa, estratégica e colaborativa, foi escolhido como ferramenta de reconciliação e paz. Desde então, o torneio cresceu e se tornou um dos eventos femininos mais importantes do calendário internacional do cricket, promovido Rwanda Cricket”, complementou a nota.
A CBC também apresentou parte do time: “A capitã da equipe, Carol Nascimento, é um exemplo vivo dessa jornada: “Eu entrei em um projeto social ainda criança, sem imaginar tudo o que o cricket traria para minha vida. Hoje sou capitã da seleção, estou prestes a me formar na universidade e já tive a chance de conhecer outros países graças ao esporte. Isso muda tudo — muda o que a gente acredita que pode ser.”
Ruanda será mais do que palco de jogos. Será palco de encontros. E o Brasil chega com um time preparado para competir de igual para igual com grandes seleções, levando em campo toda a garra, técnica e espírito coletivo que define o cricket nacional.
Matt Featherstone, presidente da Confederação Brasileira de Cricket, vibra com mais esse marco: “Ver essas meninas representando o Brasil em um torneio como o Kwibuka é a realização de um sonho. E também o combustível para continuarmos levando o cricket a cada vez mais lugares. O que temos hoje já foi sonho um dia. Agora, com o cricket entrando no programa olímpico, vamos ainda mais longe. O mundo vai ouvir falar do Brasil — e ouvir por uma boa razão.””
No mês de março, o Brasil disputou a qualificação das Américas para a Copa do Mundo de críquete T20, na Argentina, com duas vitórias contra as donas da casa, e derrotas duplas para EUA e Canadá. Assim, a seleção não estará no próximo Mundial.
