Seleção feminina não tomou conhecimento das donas da casa e brilhou ao registrar um de seus melhores desempenhos na competição
Em uma apresentação irretocável em todos os fundamentos, a seleção brasileira demonstrou superioridade e atropelou o anfitrião Japão pelo placar de 3 sets a 0, parciais de 25/17, 25/18 e 25/20, em partida disputada às 7h20 (horário de Brasília) deste domingo (13) na cidade de Chiba, válida pela última rodada da fase de classificação da Liga das Nações de Vôlei (VNL) feminina.
Com 11 vitórias em 12 jogos e a segunda colocação assegurada nesta primeira fase, a equipe verde e amarela aguarda o desfecho dos próximos jogos para conhecer o seu adversário das quartas de final. Toda a fase decisiva será disputada em Lódz, na Polônia, entre os dias 23 e 27 de julho.
Destaques
Na ausência da maior pontuadora brasileira nesta edição da VNL, a ponteira Ana Cristina, que sofreu uma lesão no menisco medial do joelho esquerdo durante o duelo contra a França e preocupa até para o Mundial, a equipe contou novamente com uma ótima performance de Julia Bergmann, maior pontuadora do jogo com 15 acertos. Gabi anotou 11, Rosamaria colaborou com 10 e a levantadora Roberta fez 5 pontos, sendo expressivos quatro em aces.
O sistema defensivo e o bloqueio também merecem destaque. A líbero Marcelle emplacou mais um bom desempenho e as companheiras seguiram o ritmo, anulando o ataque japonês com muito volume de jogo. Além disso, a rede brasileira impôs bastante respeito e forçou muitos erros das adversárias, que tentavam escapar da marcação ao decorrer do duelo.
Pelo lado das donas da casa, apenas Ishikawa ultrapassou o dígito duplo ao marcar 12 pontos.
1° set
O Brasil iniciou focado e arrasador, sem dar chances às japonesas. Além de contar com um alto índice de erros das adversárias, o time de José Roberto Guimarães pontuou em todos os fundamentos. Quando abriu 18 a 10, havia feito quatro pontos gerados por contra-ataques— fruto da consistente defesa—, dois pontos seguidos em aces de Roberta e dois bloqueios, com Diana e Julia Bergmann.
Roberta distribuiu bem as jogadas e todas as atacantes terminaram com, no mínimo, dois pontos na parcial. Destaque para Gabi, que anotou quatro. Num erro de saque cometido pela capitã Ishikawa, a seleção brasileira fechou o primeiro set com tranquilidade, por 25 a 17.
2° set
Tentando demonstrar um poder de recuperação, o Japão diminuiu seus erros, voltou melhor e equilibrou o começo do segundo período, chegando a abrir dois pontos de vantagem pela primeira vez. Contudo, a reação foi rapidamente contida pelo paredão verde e amarelo, que barrou o ataque do oponente com Diana e Julia Kudiess. Aos 15 a 10, Ferhat Akbas já havia pedido seus dois tempos técnicos para tentar recolocar sua equipe no jogo.
O trio das extremidades, formado por Gabi, Bergmann e Rosamaria, mantinha a boa atuação e correspondia quando acionadas. Bergmann, principalmente, apresentou muita eficiência em seus golpes e disparou oito pontos de ataque na quadra japonesa. Mantendo o forte desempenho, a distância brasileira aumentou e com uma linda jogada ‘China’, Julia Kudiess encerrou a segunda parcial em 25 a 18.
3° set
Sem perder o ritmo, o Brasil abriu 8 a 5 com mais um ponto de saque de Roberta. A vantagem subiu para 15 a 10, mas após a paralisação de Ferhat Akbar, o Japão se recompôs, anotou três pontos consecutivos e quem pediu tempo foi Zé Roberto. Na sequência, em um rali de 20 segundos, as anfitriãs adicionaram uma pitada de drama e diminuíram para um ponto.
No entanto, Rosamaria, com dois acertos, e Julia Kudiess, no bloqueio, trataram de dar um alívio momentâneo no marcador (20 a 16). Trocando pontos e administrando a diferença, o Brasil chegou ao match point com Gabi, que tirou da cartola uma incrível diagonal curta. A capitã ainda colocou números finais ao set, em 25 a 20, e ao embate, em 3 a 0, numa pancada que passou pelo meio do bloqueio.
