World Athletics exigirá teste de DNA para confirmar sexo biológico de atletas femininas

Nova regra entra em vigor em setembro e será aplicada já no Mundial de Atletismo de Tóquio; atletas que recusarem o exame não poderão competir

Foto: World Athletics
Foto: World Athletics

A WorldAthletics, entidade que rege o atletismo mundial, anunciou que, a partir de 1º de setembro, todas as atletas femininas deverão realizar um teste de DNA para confirmar que são “biologicamente do sexo feminino”. A medida, aprovada na última quarta-feira (30), prevê exames de sangue ou coleta de saliva para análise.

O teste genético verificará a presença do gene SRY, responsável pela determinação do sexo biológico, e já será aplicado durante o Campeonato Mundial de Atletismo em Tóquio (Japão), que acontece entre 13 e 21 de setembro.

Para o presidente da World Athletics, Sebastian Coe, a decisão visa proteger a integridade do esporte feminino. Segundo ele, é essencial que a modalidade ofereça condições justas para todas as competidoras e siga atraindo mais mulheres para a prática.

O debate sobre a elegibilidade de atletas com DSD (diferenças no desenvolvimento sexual) já estava na pauta da entidade há mais de uma década. Um dos casos mais conhecidos é o da sul-africana Caster Semenya, bicampeã olímpica dos 800m em Londres 2012 e Rio 2016, que possui hiperandrogenismo — condição que leva à produção elevada de andrógenos, como a testosterona. Semenya foi impedida de competir na categoria feminina.

A nova regra também estabelece que atletas que se recusarem a realizar o teste estarão automaticamente inaptas a competir em eventos de nível mundial. A World Athletics afirmou que a medida não pretende questionar a identidade de gênero de ninguém, mas sim garantir equidade nas competições femininas.

Filipe Pereira

Filipe Pereira

Sou brasiliense, apaixonado por esportes desde pequeno e futuro jornalista — atualmente estou no último semestre do curso de Jornalismo pela UNIP-DF. Movido por curiosidade, paixão pelo noticiário esportivo e uma vontade enorme de contar boas histórias, encontrei no jornalismo esportivo o espaço ideal para unir tudo isso. No Surto Olímpico, busco mostrar que o esporte é muito mais que resultado: é contexto, é gente e é emoção
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