A competição multiesportiva que conta com esportes não-olímpicos se inicia em Chengdu nesta quinta (7)
Nesta quinta (7) começa oficialmente – e vai até 17 de agosto – a décima segunda edição dos Jogos Mundiais, em Chengdu na China. Principal competição multesportiva para esportes que não fazem parte das Olimpíadas, os jogos querem se descolar da imagem de ‘Série B dos Jogos’ e criar sua própria identidade como competição esportiva.
Testador de modalidades?
Desde sua primeira edição em 1981, os Jogos Mundiais ganharam a alcunha de teste para modalidades para os jogos olímpicos, com o seu auge nos anos 90 com modalidades como badminton, taekwondo, triatlo e vôlei de praia fazendo sua estreia primeiro nos world games e depois aparecendo nos Jogos olímpicos – para não sairem mais.
A partir dos anos 2000, umacordo de cooperação entre a IWGA (entidade que gere os Jogos Mundiais) e o COI ajudou a reconhecer os Jogos Mundiais, mas o movimento acabou diminuindo as modalidades promovidas, muito por conta do inchaço dos programa olímpico no início do século XXI. O Rugby Sevens sendo uma exceção ao entrar no programa fixo na Rio 2016. A decisão do COI de a partir de Tóquio 2020 deixar a cidade-sede ter uma cota de modalidades escolhidas, diminuiu o status de ‘testador’ dos Jogos Mundiais, que resolveu buscar um novo caminho para os seus jogos.
Criando sua própria identidade
O objetivo para esta edição na China trazer uma identidade própria aos Jogos Mundiais. Em 2020, foi criado um documento pela IWGA (International World Games Association) chamado ‘ crescimento além da excelência’, com novas diretrizes para crescimento da competição multiesportiva. E isso se reflete na gradiosidade do evento, o maior da história da competição, com 253 eventos de medalhas, 4000 atletas de 117 países. E a previsão é chegar a 5000 atletas nos próximos jogos. Para celebrar esta nova era, Pela primeira vez na história dos Jogos Mundiais, um revezamento da tocha foi realizado, percorrendo a China a partir de 26 de julho.
Outro detalhe é nas medalhas do evento, que tem duas orelhas para homenagear o panda gigante – Chengdu é o lar do Panda gigante na China.

Modalidades inusitadas dos Jogos Mundiais
Com muitos do esportes querendo seu lugar ao sol, o programa dos Jogos Mundiais sempre traz muitas mudanças de uma edição para a outra. Para Chengdu, teremos desde corrida de drones,cheerleading (competição de líderes de torcidas) Dragon Boat (barcos longos com cabeça e cauda de dragão), Salvamento na água, Parkour, cabo de guerra, entre outros.
Esta será a segunda edição que teremos modalidades paralímpicas competindo. Desta vez é no parajiutisu, para deficientes visuais, intelectuais e físicos.
Esportes que estão nos Jogos Mundiais e nas Olimpíadas
Nos jogos mundiais, apesar de muitos esportes considerados ‘diferentes’, existem alguns que fazem parte do programa olímpico, mas usam variações nos Jogos Mundiais – regra do COI, que não permite que esportes do programa olímpico fixo tenham a mesma modalidade disputada em olimpíadas e Jogos Mundiais. Como o Tiro com Arco, que usa o arco composto e o barebow – arco recurvo básico – nos jogos mundiais. Ginástica trampolim, com as provas sincronizadas, com triatlo com o duatlo, o handebol com o handebol de praia e a Escalada esportiva com provas de revezamento são outros esportes olímpicos que estão com outras modalidades nos jogos.
Modalidades que vão estar em Los Angeles, como Flag football, Squash, Beisebol/Softbol e Lacrosse estarão em Chengdu. A exceção é o Críquete, que não faz parte do programa dos jogos
Brasil nos Jogos Mundiais
O Brasil estreou nos Jogos Mundiais na edição de Londres em 1985 conquistando sua primeira medalha na mesma edição, com um bronze com o punhobol masculino. O Primeiro ouro veio na edição de Haia em 1993, com Mônica e Adriana no vôlei de praia.
A edição de Cali em 2013 foi a melhor do Brasil na história dos Jogos mundiais – foram cinco ouros, três pratas e um bronze. No total, o Brasil tem 17 ouros, 14 pratas e 19 bronzes, vigésimo quarto no quadro de medalhas histórico.
Brasil em Chengdu 2025
O Brasil tem uma delegação de 61 atletas na China. As maiores chances de medalha do Brasil são no Handebol de praia, Punhobol, Karatê, Wushu e Ginástica aeróbica

Confira a delegação completa do Brasil nos Jogos Mundiais
Breaking
B-Boy Rato, B-Boy Luan San e B- girl Mini Japa
Punhobol
Masculino: Bruno Arnold, Mateus Blos Jung, Mateus D’Agostin, Alvaro Englert, Erminio Goldani, Vinicius Goulart, Arthur Holz, Gabriel Heck, Thomas Suffert e Gabriel Drumm
Feminino: Maria Eduarda Aguero, Martina Bortolotto, Cristiane Huaska, Luna Ebert, Julia Hoberrek, Cecília Jaques, Giovanna Lucchin, Bianca Suffert, Sabine Suffert e Manuela Jacobs
Ginástica Aeróbica:
Pares: Lucas Barbosa e Tamires Silva
Handebol de praia
Masculino: Nailson Amaral, Renan Carvalho, Hugo Fernandes, Pedro Maia, Bruno Oliveira, Cristiano Rossa, Raí Santos, André Simões e Marcelo Tuller
Jiu-Jitsu
Para jiu-jitsu: Aurelius Moura Madruga e Mario Edson Oliveira Silva (duplas deficiência intelectual),Vivaldo de Jesus e Antônio Vitor de Godoy (duplas deficiência física) e Moises dos Santos Santoro e Rodrigo Dias Matoso (duplas deficiência visual)
Fighting: Geovanna de Jesus Ferreira Santos (63kg)
Karatê:
Kumitê: Vinícius Figueira (67kg)
Kickboxing:
K1 Style: Suellen Bittencourt (52kg), Jackeline de Oliveira de Paula (60kg), Vinicius Oliveira Mestrinier (63,5kg) e Carolina Sousa de Santos (70kg)
Corrida de orientação:
Meia distância, Sprint e revezamento: Leandro Júnior do Nascimento e Douglas da Silva Schmidtz (M), Mariana Ostetto e Esther Marnet (F)
Powerlifting:
Peso pesado equipado: Cícera Tavares
Wushu
Sanda: Edinea Prado Camargo (52kg) e Raine Cristina de Oliveira Martins (70 kg)
Taolu: Michele Silva dos Santos e Gabriel Komaziro Nakamura
