Torcedor do clube, remador afirma que parceria foi encerrada unilateralmente;
Diretoria do Botafogo diz que decisão partiu do atleta
O remador Lucas Verthein está sem clube. Seu vínculo de 13 anos com o Botafogo, que clube do qual também é torcedor, foi encerrado. Segundo Lucas, foi encerrado de forma unilateral pela diretoria do clube, que nega que o rompimento partiu do Botafogo.
O remo do Botafogo tem passado por um período de incertezas com a chegada do presidente João Paulo Magalhães e do vice-presidente da modalidade, João Paulo Gualberto Teixeira de Mello, em janeiro de 2025, o que ocasionou cortes no orçamento da modalidade. E Lucas revelou que há cerca de um mês foi desligado pelo clube:
“Descobri sobre minha saída do clube através de terceiros. Soube que meu contrato tinha sido rescindido de forma unilateral. Então, fui procurar saber o que tinha acontecido e me disseram que realmente não iriam renovar comigo, mas não me deram muitas explicações em relação a isso. É triste tudo o que eu passei desde janeiro. Eu estava na Copa do Mundo, representando o Brasil na Itália, quando soube disso. Foi um momento muito difícil mentalmente para mim” disse Lucas ao site globoesporte.com
Já o clube alega que a decisão de sair foi do próprio atleta, que segundo o Botafogo “entendeu que não queria mais seguir remando pelo clube”. Além disso, o clube pontuou que “ele já não vinha obtendo bons resultados nas provas que disputava, inclusive, se recusando a competir em algumas delas, como na prova do double sênior do Estadual”
Torcedor apaixonado do clube, Lucas começou no remo do Botafogo aos 15 anos de idade, e aos poucos foi se tornando principal remador do clube e da seleção brasileira, sem nunca deixar de demonstrar o seu amor pelo Botafogo, sendo abraçado pela torcida do clube carioca. Ainda para o globoesporte.com, Lucas disse estar muito triste com o seu desligamento, por conta de todo o amor que sente pelo clube e tem encontrado apoio com sua psicóloga e sua noiva, a canoísta Ana Sátila:
“A Ana fez o papel principal, junto com a minha psicóloga, claro, mas ela que estava ali para segurar as minhas pontas. Acho que se não fosse por ela, não sei se ainda estaria remando. Nunca imaginei estar em outro lugar. Falava para qualquer pessoa que iria encerrar minha carreira no Botafogo, que tenho uma gratidão muito grande por tudo que vivi ali dentro. As pessoas que conheci, os países que eu fui, tudo graças a esse trabalho que tive lá. Mas eu entendo que é um fechamento de ciclo e faz parte da vida. No final das contas, é um trabalho, e eu quero poder fazê-lo da melhor forma daqui para frente. Sei que, por mais que não seja ali no Botafogo, vai ser em algum lugar que eu me sinta bem e que vai me abraçar”
Lucas agora treina com o apoio do Confederação Brasileira de Remo enquanto espera definir em que clube atuará. Ele não usará o barco alemão de última geração dado por John Textor, mandatário da SAF do Botafogo antes dos Jogos Pan-americanos de Santiago em 2023, que ficou com o clube.
