Yaras disputaram Copa do mundo de Rugby pela primeira vez e esperam um desempenho melhor na próxima edição
A seleção brasileira encerrou no último domingo (7) sua participação na Copa do Mundo de Rugby XV, que está sendo realizada na Inglaterra. Primeiro país sul-americano na história a disputar um Mundial Feminino, o Brasil se despediu com derrota para a Itália por 64 a 3, em Northampton, mas motivos de sobra para celebrar a inédita campanha na maior competição da modalidade.
Mesmo em um grupo que reunia três das grandes potências do rugby mundial – França, África do Sul e Itália –, as Yaras pontuaram em todos os jogos, anotaram um try contra as francesas e conquistaram os torcedores que vêm lotando as arquibancadas durante todo o evento.
“Estou muito orgulhoso desta seleção, que mostrou ao mundo que o Brasil tem atletas talentosas e um grande time no XV. A experiência vivida é o principal aprendizado desta Copa do Mundo, e agora o que precisamos é de mais jogos e torneios, passando a disputar até doze partidas por ano”, afirmou o treinador Emiliano Caffera.
“É uma felicidade muito grande poder ter disputado esta Copa do Mundo, jogando do nosso jeito, com o nosso estilo. Houve mudanças ao longo da competição, trabalhamos bastante duro a cada semana e conseguimos incorporar muitas coisas ao nosso jogo. Vamos celebrar hoje e voltar ao Mundial daqui quatro anos”, complementou a capitã Eshyllen Coimbra, referindo-se à Copa do Mundo de 2029, na Austrália.
Na partida deste domingo, a seleção brasileira até chegou a sair na frente com penal convertido por Raquel Kochhann e a ter um try anulado, após Giovanna Barth roubar a bola e conseguir a arrancada, mas as italianas rapidamente dominaram as ações e exigiram que as Yaras registrassem 220 tackles na partida.
O duelo foi ainda mais especial para Edna Santini, primeira brasileira a disputar todas as grandes competições internacionais de rugby: Copa do Mundo de Sevens, XV e Rugby League; Jogos Olímpicos; Jogos Pan-americanos; Circuito Mundial de Sevens; e Mundial Universitário. Aos 33 anos e atualmente radicada em Portugal, a atleta se despede das Yaras após mais de duas décadas dedicadas à modalidade.
“Tenho 23 anos de rugby, estou muito realizada e é importante saber o momento de parar. Sei que fiz algo de bom pelo esporte e espero que mais meninas se inspirem a praticarem a nossa modalidade. Vou seguir no rugby, já sou treinadora e quero ajudar mais crianças a conhecerem o esporte”, disse Edna.
Sem o Brasil, a Copa do Mundo segue com a fase eliminatória. Os confrontos de quartas de final serão: Nova Zelândia e África do Sul; Canadá e Austrália; França e Irlanda; e Inglaterra e Escócia. A grande final está marcada para 27 de setembro, em Londres.
*Com informações de CBRu
