A atleta utilizou as redes sociais para repudiar os ataques sofridos na vitória do Gyori Audi ETO KC
A atleta Bruna de Paula denunciou, nas redes sociais, ataques racistas sofridos após uma partida na liga húngara de handebol, nesta quarta-feira (10). O Gyori Audi, clube de Bruna desde 2022, venceu o Mosonmagyarovari, fora de casa, por 37 a 27, na segunda rodada da temporada na Hungria.
– Após o jogo de hoje, nosso time foi alvo de insultos racistas e linguagem ofensiva por parte de torcedores adversários. É inaceitável que, no século 21, atletas ainda tenham que enfrentar isso. Racismo é crime, e desrespeito não tem lugar no esporte ou em qualquer outro lugar. Estamos unidos, de cabeça erguida, orgulhosos das nossas histórias, das nossas cores e de tudo o que representamos – diz o comunicado compartilhado por Bruna de Paula nas redes sociais.
Além de atual campeã nacional e da Champions League com o Gyori Audi ETO KC, Bruna de Paula foi eleita quatro vezes consecutivas a melhor atleta da modalidade no Prêmio Brasil Olímpico.
Outra jogadora que sofreu ataques racistas foi a goleira Hatadou Sacko, medalhista de prata nos Jogos de Paris.
– Obrigado pelo jogo. Mas nós não somos macacos e não há nenhum traidor em nosso time. O racismo não tem lugar na quadra e em lugar nenhum! – publicou a goleira Hatadou Sako, também nas redes sociais.
Os dois times foram às redes sociais para divulgar comunicados sobre o ocorrido. O Gyori Audi, clube de Bruna e Hatadou, disse que as jogadores foram “submetidas a atrocidades racistas e profundamente desumanas por parte da torcida adversária”. O time ainda condenou as manifestações e disse apoiar os jogadores como uma família.
O Motherson Mosonmagyarovari KC também se pronunciou no Facebook. Na postagem, o time pede desculpas pelos “gritos inaceitáveis” dos próprios torcedores e disse que “se distancia firmemente de qualquer comportamento contrário ao espírito do fair play”. O clube ainda pediu aos torcedores que “se abstenham de qualquer comportamento desrespeitoso com os jogadores ou dirigentes esportivos adversários no futuro”.
