Filho do velocista medalhista olímpico Vicente Lenílson e da triplista Maria Aparecida de Souza Lima, matogrossense conquistou o bicampeonato da prova nos Jogos
O matogrossense Davi Souza de Lima tem motivos de sobra para comemorar o seu último ano de participação nos Jogos da Juventude, em Brasília. Com DNA olímpico nas veias, o jovem de 17 anos fez uma marca histórica na final do salto triplo masculino neste sábado (13), no encerramento do atletismo desta edição, para se sagrar bicampeão da prova.
Davi conquistou o ouro com a marca de 15,79 metros, o que lhe garantiu o primeiro lugar do ranking mundial da categoria sub-18 no salto triplo.Filho do velocista medalhista olímpico duas vezes Vicente Lenílson (prata em Sydney 2000 e bronze em Pequim 2008 no revezamento 4 x 100m) e da triplista olímpica Maria Aparecida de Lima (Atlanta 1996), Davi segue os passos dos pais no atletismo e fez a melhor marca da vida para subir ao lugar mais alto do pódio nos Jogos da Juventude deste ano.
“Antes, o meu recorde, conquistado na semana passada, era 15,62 metros. A gente consegue sonhar com um resultado como esse (ranking mundial), mas realmente não esperava. Sei que essa marca e esse recorde aconteceram por conta da graça do Senhor e pelos treinamentos que venho fazendo. Agradeço a Ele e a todas as pessoas que me acompanham para esse resultado ter se tornado realidade”, celebrou Davi após sair do pódio com o ouro no pescoço.
Treinado pelos pais, sobretudo pela mãe Maria Aparecida, especialista no salto triplo, Davi mostrou que vem evoluindo na prova e isso se apresentou, inclusive, durante a disputa dos Jogos da Juventude deste ano. Ele havia alcançado a marca de 15,29 metros no primeiro salto, mas queimou os três seguintes. No penúltimo salto, ele atingiu 15,42 metros, o que já lhe garantiria o recorde dos Jogos. Mas o jovem foi além e garantiu na última tentativa a marca histórica de 15,79 metros para assumir a liderança do ranking mundial da categoria.
Sobre a reflexão de ter duas referências de peso em casa e nas pistas, com direito a duas medalhas olímpicas do pai, o jovem se mostrou consciente de sua trajetória no esporte. Ele valorizou as trocas com seus pais-treinadores na construção da sua própria história no atletismo.
“Confesso que no começo, quando eu era mais novo, eu ficava pensando ‘será que vou conseguir ser como eles?’. Mas os dois sempre me incentivaram a ser eu mesmo, construir o meu caminho, a minha própria história. Eles sempre me deram conselhos maravilhosos”, contou Davi, reforçando a honra de ser treinado pelos pais.“Ser treinado pela minha mãe, pelos meus pais, é uma influência muito positiva. É um privilégio que poucos conseguem ter. Meus pais foram atletas maravilhosos e eles passam os ensinamentos deles para mim. Agradeço profundamente e que a cada dia a minha história possa se frutificar ainda mais”, finalizou.
Redação Surto Olímpico
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