Brasileiro subiu ao pódio e recebeu a premiação conquistada na noite de sexta-feira (no horário de Brasília); agora, trabalha na recuperação para disputar os 20 km, na sexta-feira (19/9) à noite, pelo fuso brasileiro
Caio Bonfim (CASO-DF) recebeu na manhã deste domingo (14/9), noite em Tóquio, a medalha de prata conquistada nos 35 km da marcha atlética, prova de abertura do 20º Campeonato Mundial de Atletismo, realizada na noite de sexta-feira (12/9), pelo horário de Brasília.
Um palco foi montado do lado de fora do Estádio Nacional de Tóquio para a entrega da premiação. O canadense Evan Dunfee foi o campeão da prova, e o japonês Hayato Katsuki levou o bronze.Caio disputa seu 8º Mundial. O brasiliense de 34 anos ganhou a 17ª medalha do Brasil na competição, e sua 3ª na carreira: o marchador tem dois bronzes, nos 20 km, conquistados nos Mundiais de Londres-2017 e Budapeste-2023.
Com o resultado, igualou-se ao ex-velocista Claudinei Quirino como o maior medalhista do país em Campeonatos Mundiais.
O brasileiro enfrentou uma prova difícil em Tóquio, que passa por um dos verões mais quentes da história, para fazer sua melhor marca na temporada (2:28:55). Fez uma prova tática, mantendo-se próximo dos líderes. Com experiência e resiliência, aproveitou os erros e as quebras dos adversários que estavam à frente. Neste domingo, colocou no peito o resultado.
Gianetti Bonfim, técnica e mãe de Caio, treinadora-chefe da delegação brasileira em Tóquio, acompanhou a cerimônia de premiação e disse que o marchador já está em processo de recuperação para disputar a prova de 20 km, que será na sexta-feira (19/9), às 21h50 do horário de Brasília – manhã do sábado na capital japonesa. “A gente acredita que, em 36 horas, ele vai estar totalmente recuperado. Mas não vamos nos deslumbrar com nada. Vencemos uma etapa e agora vamos para a próxima”, avaliou.
Ao passar pela chegada, dentro do Estádio Nacional, Caio estava exausto. Mesmo assim, enfrentou uma maratona de entrevistas – foi bastante acionado pela imprensa. “Não conseguimos fazer uma recuperação depois da prova. Primeiro, pelo estado em que ele chegou. Demorou um pouco para se recuperar. Depois, foram mais de duas horas só de entrevista, inclusive para a TV japonesa. E ainda teve o exame antidoping. Só depois voltamos para o hotel.”
O protocolo de recuperação de Caio tem coleta de exames – para uma análise fisiológica do desgaste muscular –, fisioterapia, massagem, períodos de sono e reposição energética pela alimentação.
Izabela fica em 9° lugar no disco
Em sua primeira final de Campeonato Mundial, Izabela Rodrigues da Silva (IEMA-SP) conquistou a 9ª colocação na decisão do lançamento do disco, com a marca de 63,22 m.
Fã do Japão e da cultura japonesa, a “otaku” Izabela tem em Tóquio um lugar especial: na Olimpíada de 2021 também foi finalista da prova, terminando na 11ª posição.
Natural de Adamantina, cidade do interior paulista, Izabela é treinada por João Paulo Alves da Cunha, no Instituto Elisângela Maria Adriano (IEMA), em São Caetano do Sul, São Paulo. Suas principais conquistas são o título mundial júnior, em Eugene-2014, e o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023.
Três brasileiros estrearam no Mundial e não avançaram para as fases seguintes. Ketiley Batista (ASPM Pindamonhangaba-SP) disputou as eliminatórias dos 100 metros com barreiras e, com o tempo de 13.30 (0.0), foi a 38ª na classificação geral. Tiffani Marinho (Orcampi-SP) também parou nas eliminatórias dos 400 metros (53.34), e terminou no 47º lugar. Thiago Moura (Pinheiros-SP) disputou a qualificação do salto em altura, mas o resultado de 2,16 m não foi suficiente para levá-lo à final (ficou na 29ª posição).
