Seleção perde por 3 a 0, vê classificação às oitavas ameaçada e depende de combinação de resultados para seguir na competição nas Filipinas
A Seleção Brasileira Masculina de Vôlei perdeu por 3 sets a 0 para a Sérvia (25/22, 25/20 e 25/22) na madrugada desta quinta-feira (18), em Manila, nas Filipinas, e pode ficar fora das oitavas de final do Mundial de vôlei Masculino 2025. A derrota coloca o time em situação delicada no Grupo H, já que a vaga agora depende do resultado do duelo entre República Tcheca e China.
O Brasil precisava vencer apenas um set para confirmar a classificação, mas não conseguiu impor seu jogo diante da força ofensiva sérvia. O oposto Luburic foi o grande destaque da partida, com 19 pontos, bem acompanhado por Peric, que marcou 15. Pelo lado brasileiro, Alan foi o maior pontuador, com 10 pontos, seguido por Judson e Flávio.
O saque ineficiente foi o principal problema da equipe de Bernardinho, que não conseguiu quebrar a recepção adversária. Com o passe nas mãos do levantador Jovovic, a Sérvia controlou o ataque e teve tranquilidade para fechar o jogo em sets diretos.
Além da pressão esportiva, o duelo foi marcado por um clima de forte emoção: horas antes da partida, o técnico Bernardinho recebeu a notícia da morte de sua mãe, Maria Ângela Rezende, no Rio de Janeiro. Visivelmente abalado, o treinador comandou a equipe com faixas de luto na manga, em homenagem.
Com o resultado, o Brasil soma duas vitórias e uma derrota, mesma campanha da Sérvia, mas perde no critério de desempate. Para avançar às oitavas de final, a seleção precisa que a China vença ao menos um set contra a República Tcheca – uma vitória tcheca por 3 a 0 elimina os brasileiros.
Mesmo em reconstrução neste ciclo olímpico, o Brasil chegou ao Mundial embalado pelo bronze conquistado na Liga das Nações de Vôlei (VNL) 2025. Agora, o desafio é manter a tradição: desde 1994, a seleção só ficou fora do Top 4 mundial uma vez e soma três títulos na competição (2002, 2006 e 2010).
Duda Castro
Mineira, jornalista em formação e sempre contando histórias. Apaixonada por esportes olímpicos, principalmente o vôlei, e surtada desde 2024. Você me acha em @dudam.castro
