Thalita Simplício confirma favoritismo e conquista o tetra mundial nos 400m no Mundial de atletismo paralímpico

O Brasil subiu ao pódio três vezes no terceiro dia de provas no Mundial de Atletismo de Nova Déli. Além do ouro de Thalita Simplício na classe T11 (deficiência visual), Maria Clara Augusto e André Rocha conquistaram medalhas de prata.

Foto: Cris Mattos/ CPB
Foto: Cris Mattos/ CPB

No terceiro dia de disputas do Mundial de atletismo de Nova Déli, a potiguar Thalita Simplício confirmou seu favoritismo e conquistou o tetracampeonato mundial dos 400m T11 (deificiência visual) com o tempo de 59s76. Ela já havia vencido a prova em Kobe 2024, Paris 2023 e Dubai 2019.

O Brasil ainda conquistou mais duas medalhas de prata no período, com a também potiguar Maria Clara Augusto nos 100m T47 (deficiência nos membros superiores) e com o paulista André Rocha no lançamento de disco F52 (que competem sentados).

Com isso, a Seleção Brasileira segue na briga com a China pela ponta do quadro geral de medalhas, com 13 pódios no total, sendo quatro ouros, sete pratas e 2 bronzes. Os chineses somam quatro ouros, sete pratas e três bronzes.

Tetracampeonato com Thalita Simplício

Thalita, que nasceu com glaucoma, venceu a prova com o tempo de 59s76. Na bateria das eliminatórias, Thalita havia avançado à final com o melhor tempo entre todas as finalistas – 1min01s76.Ela já havia vencido a mesma disputa em Kobe 2024, Paris 2023 e Dubai 2019, mas havia sido prata nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Com isso, conseguiu retomar o primeiro posto na prova que é a sua especialidade.

“Para quem me acompanha de perto, sabe que não só a medalha, mas o fato de estar aqui já diz muita coisa sobre o meu caráter. Esse ano está bem difícil mentalmente. […] Agora, até 2028, tenho um tempo para colocar a ‘caixinha’ em ordem. Está bem desorganizada. Eu preciso de férias. A medalha vai servir para organizar o que está bagunçado”, analisou Thalita após a vitória.

A prata ficou com a angolana Juliana Moko, com 1min01s42, e o bronze com a peruana Melissa Baldera, que completou a prova em 1min03s84.É a nona medalha de Thalita Simplício em Mundiais de atletismo, uma das principais medalhistas do país na história da competição.

Pratas nos 100m e no lançamento de disco

A velocista potiguar Maria Clara Augusto conquistou a segunda medalha do dia para o país – foi prata na final dos 100m. Ela fez o tempo de 12s20, sua melhor marca pessoal na prova.Antes do Mundial, Maria Clara tinha até então o melhor tempo do mundo no ano na prova, quando fez 12s38 no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, no último mês de julho. Nas eliminatórias, chegou a correr a disputa em 12s33 antes de melhorar em 13 segundos o seu tempo na final.

A brasileira foi superada somente pela equatoriana Kiara Rodriguez, que fez 11s97. Essa é a segunda medalha da atleta, que tem má-formação congênita no braço esquerdo, em Mundiais – havia conquistado um bronze nos 400m em Paris 2023.

“Estou em uma felicidade enorme. Sabia que iria ser uma prova muito difícil, com atletas que tinham tempos melhores do que o meu [nas eliminatórias]. Mas eu estava confiante, me sentindo preparada, e deu tudo certo. Estou muito feliz com a minha marca”, desabafou Maria Clara.

O paulista André Rocha também conquistou a medalha de prata no dia ao ficar na segunda colocação do lançamento de disco F52 (que competem sentados). Sua diferença para o medalhista de ouro, o letão Aigars Apinis, foi de apenas 3 centímetros – 19,29m ante os 19,32m do adversário.

André buscava o seu tricampeonato na prova após vencer em Kobe 2024 e em Londres 2017. “A gente acaba ficando um pouco frustrado por causa desses três centímetros. Mas temos que valorizar a prata, todo Mundial é Mundial. Queria muito esse tricampeonato. Sabia que poderia ter feito mais, mas estamos satisfeitos com o trabalho e agradecer toda a minha equipe por mais esse belo resultado”, afirmou André Rocha.

Brasileiros garantidos em finais

Ainda nesta manhã de segunda-feira, a paulista Verônica Hipólito venceu sua bateria nos 100m T36 (paralisados cerebrais) com o tempo de 14s64 e avançou à final com o terceiro melhor tempo. A disputa por medalha será às 11h (de Brasília) desta terça-feira, 30.

O paulista Júlio César Agripino e o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques também asseguraram seus lugares na final dos 1.500m T11 (deficiência visual), com os tempos de 4min09s51 e 4min08s94, respectivamente. O primeiro é o atual campeão mundial da prova, enquanto o segundo vai em busca da sua segunda medalha em Nova Déli após a prata nos 5.000m. A disputa por medalha acontece às 11h26 (de Brasília) desta terça-feira, 30.

Já o gaúcho Wallison Fortes e o paraense Alan Fonteles participaram das eliminatórias dos 100m T64 (amputados de membros inferiores com prótese), mas somente o segundo conseguiu avançar à final, com o tempo de 11s06, a sua melhor marca na temporada. Com 11s50, Wallison terminou na 11ª colocação geral

Redação Surto Olímpico

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Desde 2011, vivendo os esportes olímpicos e paralímpicos com intensidade o ano inteiro. Estamos por trás de cada matéria, cobertura e bastidor que conecta atletas e torcedores com informação acessível, atualizada e verdadeira.
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