Na disputa pelo bronze, Brasil venceu o Uzbequistão, na noite desta quarta-feira (08), em um confronto decidido na luta desempate
A Seleção Brasileira de Judô fechou as disputas do Campeonato Mundial Júnior com chave de bronze! Nesta quarta-feira (08), em Lima, no Peru, a Equipe Mista do Brasil venceu o Uzbequistão em um confronto emocionante, por 4×3, para ficar com o terceiro lugar da competição. Foi a sexta medalha do país na edição deste ano, o que garantiu a melhor campanha da história do judô brasileiro em mundiais júnior.
Confira como foi a caminhada do time brasileiro:
Brasil 4×0 Alemanha
A equipe brasileira estreou direto nas quartas de final e enfrentou a Alemanha, que veio de vitória contra Cuba por 4×2.
Quem começou abrindo o placar para o Brasil foi Andrey Coelho (+90kg), que venceu Mortaza Suha por yuko. Depois, Bianca Reis (-57kg) fez 2×0 jogando Helene Riegert em ippon, e Claiton Faria (-73kg) ampliou com um waza-ari e um ippon em Melvin Noack.
Com 3×0, Maria Oliveira (-70kg) decidiu para os brasileiros, levando a melhor nas punições contra Sara-Joy Bauer.
Brasil 0x4 Japão
Na semifinal, o Brasil encarou o Japão e foi superado por 4×0.
Bianca Reis (-57kg) entrou no tatame primeiro e fazia boa luta contra Mio Shirkane, a campeã da categoria no individual, chegando a estar na frente nas punições (2-0), mas recebeu hansoku-make (desclassificação) por forçar o braço da adversária em uma entrada.
Em seguida, Bruno Nóbrega (-73kg) foi imobilizado por Ryusei Arakawa; Maria Oliveira (-70kg) também foi imibilizada por Rin Maeda; e João Segatelle (-90kg) levou um yuko de Haru Shibata.
Brasil x Uzbequistão
Para a decisão do bronze, o Brasil entrou escalado com Gyovanna Andrade (-57kg), Maria Oliveira (-70kg) e Ana Soares (+70kg), no feminino, e Claiton Faria (-73kg), Jesse Barbosa (-90kg) e Andrey Coelho (+90kg), no masculino. O adversário da vez foi o Uzbequistão, que veio de vitória por 4×1 no Cazaquistão, na repescagem.
A categoria que iniciou o confronto foi o -73kg, e Claiton foi superado pelos dois waza-ari marcados por Muhriddin Marufov. Em seguida, Maria deixou tudo igual, vencendo Khirshida Razzokberdieva com um yuko no golden score, mesmo pendurada nas punições.
Na terceira luta, Jesse venceu Alisher Samanov com um belo ippon, virando para o Brasil, mas, na quarta, Umida Nigmatova deixou tudo igual outra vez ao encaixar um ippon em Ana.
Em sequência, o Uzbequistão fez 3×2 com Fazliddin Rafikov, que conseguiu um yuko e um ippon em Andrey. No último confronto restante, Gyovanna precisava vencer Sugdiyona Rafkatova para forçar o sorteio e a luta desempate, e conseguiu com maestria. Entrou ligada, primeiro conseguindo um yuko, e logo depois uma chave-de-braço.
O sorteio caiu na categoria +90kg, e Andrey e Rafikov entraram novamente no tatame. Mas, desta vez, melhor para o brasileiro, que jogou o adversário em ippon para incendiar a torcida brasileira no ginásio e faturar a medalha de bronze.
Completando o pódio, a Federação Internacional de Judô, representada por atletas neutros, ficou com o outro bronze ao vencer a Turquia, enquanto o Japão foi campeão e a França ficou com a prata.
Bronze da equipe confirma campanha histórica do Brasil no Mundial Júnior
Com a medalha da equipe, o judô brasileiro pode dizer que conquistou a melhor campanha de sua história em Mundiais Júnior.
Até então, a melhor havia sido em Bangkok 2008, com os ouros de Rafaela Silva e Sarah Menezes, a prata de Mayra Aguiar e o bronze de Camila Minakawa. Em Lima 2025, o resultado superou o de 17 anos atrás em termos qualitativos e quantitativos.
Nicole Marques (-52kg) e Jesse Barbosa (-90kg) foram ouro; João Segatelle (-90kg) prata; e Gyovanna Andrade (-57kg), Dandara Camillo (-78kg) e a Equipe Mista bronze.
Além da campanha, o judô brasileiro ainda quebrou alguns tabus na competição: Nicole faturou o primeiro ouro feminino brasileiro em um Mundial Júnior desde 2010; e Jesse e Segatelle protagonizaram a primeira final brasileira em um Mundial, seja na classe cadete, júnior ou sênior, além de levarem as primeiras medalhas do judô masculino do Brasil na competição em seis anos.
Com os seis pódios em Lima, o Brasil fechou a temporada de Mundiais de 2024 com 13 medalhas, sendo 4 ouros, 3 pratas e 6 bronzes. No Sênior, foram duas — Daniel Cargnin (-73kg/prata) e Shirlen Nascimento (-57kg/bronze) —; no Cadete, cinco — Clarice Ribeiro (-48kg/ouro), Clarisse Vallim (-70kg/ouro), Arthur Bonato (-50kg/prata), Nicole Marques (-52kg/bronze) e Laryssa Fonseca (-63kg/bronze) —; e no Júnior, seis — Nicole Marques (-52kg/ouro), Jesse Barbosa (-90kg/ouro), João Segatelle (-90kg/prata), Gyovanna Andrade (-57kg/bronze), Dandara Camillo (-78kg/bronze) e Equipe Mista (bronze).
Além disso, nas classes Cadete e Júnior, a campanha brasileira em 2025 foi a melhor da história.











