Delegação brasileira predomina com mais de 500 atletas e busca medalhas com Laís Nunes (GO), Calebe Ferreira (SP), entre outros valores do wrestling nacional
Os tapetes olímpicos do Sul-americano de Wrestling, montados no ginásio do CEFAN do Rio de Janeiro, receberão de 10 a 12 de outubro mais de 600 atletas de Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Jamaica, El Salvador, Colômbia, México e Peru.
A delegação brasileira invadiu a competição com mais de 500 lutadores, muitos com chances de pódio nos três estilos: greco-romano, livre masculino e livre feminino.
É o caso da goiana Laís Nunes, que retornou aos treinos e competições depois de 16 meses licenciadas para cuidar da maternidade, e já faturou na semana passada o ouro da categoria 62 kg no Brasileiro Interclubes. Representante do clube Esporte Dez, de São José dos Campos, ela quer repetir o desempenho impecável em que superou atletas mais jovens com larga vantagem.
“Venho treinando forte há alguns meses com foco nas principais competições como o Sul-americano e o Brasileiro que acontecerá em novembro e assim garantir uma vaga no Panamericano do próximo ano”, destacou Laís. Aos 32 anos, soma importantes títulos internacionais e a participação em duas edições dos Jogos Olímpicos (2016 e 2020).
Ainda no livre feminino, o Brasil nutre esperanças de bons resultados com atletas que vêm sustentando bom posicionamento no ranking nacional nos últimos anos: as irmãs Juliana (62 kg) e Mayara (68 kg) Neper, ambas de São Paulo e do clube Ades Equilibrium; as amapaenses Ana Beatriz Lima (50 kg) e Kailane de Sousa (53 kg) do Panda Fight Team; e as paulistas Thalia Oliveira (50 kg) e Thaís Tertuliano Sales (68 kg), que treinam no Sesi-SP.
No greco-romano, o paraibano Pedro Henrique Rodrigues do Campestre e o carioca Yan Landim do Niterói Wrestling vão brigar por medalhas na categoria 50 kg. O paulista Calebe Ferreira, experiente atleta do Ades Equilibrium, e o carioca Joilson Júnior, também do Niterói Wrestling, prometem repetir a final da categoria 77 kg que fizeram poucos dias atrás no Brasileiro Interclubes, vencida pelo atleta do Rio de Janeiro.
O goiano Max Gabriel de Almeida e o paulista Wesley das Dores, atletas revelados pelo Sesi-SP no estilo livre, estão concentrados para colocar mais um pódio internacional no currículo. Max disputa a categoria 86 kg e Wesley encara a mais pesada de 125 kg.
“Por sua evolução no cenário internacional, o Brasil é cada vez mais cotado para a organização de competições internacionais chanceladas pela UWW. Isso só cria um ambiente interno favorável ao desenvolvimento dos nossos atletas de seleção e para o intercâmbio com todo o ecossistema de treinadores e profissionais envolvidos no wrestling de alto rendimento. Esperamos mais um torneio de alto nível e bons resultados dos brasileiros no tapete”, observa Flavio Cabral, presidente da CBW.
Redação Surto Olímpico
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