Em duas semifinais decididas nos pênaltis, o Corinthians confirmou vaga na decisão da Libertadores Feminina após empate em 1 a 1 com a Ferroviária. O Deportivo Cali, que também empatou sem gols com o Colo-Colo, venceu nas penalidades e garantiu presença inédita na final
As semifinais da Libertadores Feminina, disputadas nesta quarta-feira (15), tiveram em comum o controle emocional como fator determinante. Tanto no clássico brasileiro entre Corinthians e Ferroviária, quanto no duelo entre Colo-Colo e Deportivo Cali, o equilíbrio tático e a dificuldade de definição no tempo regulamentar levaram as decisões à marca dos pênaltis – e mostraram como a competição tem se tornado cada vez mais nivelada nos detalhes.
Corinthians e Ferroviária se encontraram mais uma vez em um cenário que já virou clássico no futebol feminino sul-americano. O início foi de controle corintiano, com posse de bola paciente e domínio territorial, mas sem transformar superioridade em gols. A Ferroviária, consciente da diferença de ritmo entre os elencos, apostou na compactação defensiva e nas transições rápidas, estratégia que manteve o jogo vivo.
A insistência corintiana encontrou brecha na bola parada: Mariza, de cabeça, abriu o placar após cobrança precisa de falta de Andressa Alves, ainda no primeiro tempo. O gol parecia encaminhar a partida, mas o roteiro da semifinal reservava outra virada de ritmo.
Na etapa final, o Corinthians seguiu criando, mas esbarrou em uma noite inspirada da goleira Luciana, peça central para a resistência da Ferroviária. As Brabas controlavam o meio, mas pecavam na definição. A Ferrinha, empurrada pela própria resiliência, cresceu nos minutos finais e o empate veio aos 36, quando Andressa aproveitou sobra na área para recolocar tudo em equilíbrio.
O empate forçou uma disputa por pênaltis que espelhou o jogo: intensa, estudada e emocionalmente pesada. O Corinthians errou uma cobrança, a Ferroviária duas e o Timão, mais uma vez, confirmou o peso da camisa.
Mais cedo, no mesmo estádio Florencio Sola, o Deportivo Cali havia superado o Colo-Colo por 5 a 4 também nas penalidades, após empate sem gols no tempo regulamentar. Foi a primeira classificação da equipe colombiana para uma final de Libertadores Feminina, coroando uma campanha marcada pela consistência e pela força defensiva.
A grande final
O título continental será decidido no próximo sábado (18), às 20h (de Brasília), novamente em Buenos Aires. O Corinthians vai em busca do hexa, enquanto o Deportivo Cali tenta escrever um capítulo inédito na história do torneio. Antes, Ferroviária e Colo-Colo disputam o terceiro lugar, às 16h.
A final entre Corinthians e Deportivo Cali coloca frente a frente dois estilos distintos: de um lado, a equipe mais vitoriosa da história do torneio; de outro, uma estreante impulsionada por disciplina tática e crescimento coletivo.











