Rayssa Leal, Augusto Akio, Sky Brown e Cordano Russell falam sobre expectativa para Pro Tour STU Rio

Skatistas brasileiros e estrangeiros das modalidades Street e Park atendem a imprensa e expressam toda felicidade por estarem na Praça Duó

Foto: Julio Detefon/STU
Foto: Julio Detefon/STU

Nesta quarta-feira (12/11), na abertura do Pro Tour STU Rio, skatistas brasileiros e estrangeiros bateram um papo com a imprensa, na própria Praça Duó, na Barra da Tijuca, e expressaram toda sua felicidade em estarem presentes naquele que consideram o melhor de todos os eventos de skate. Rayssa Leal e o canadense Cordano Russell, da modalidade Street, e Augusto Akio e a nipo-britânica Sky Brown, do Park, disseram não ver a hora de entrarem na pista. Confira esse e outros assuntos abordados na coletiva:

Rayssa Leal (BRA) – Street

ETAPA NO RIO: “Muito feliz de estar novamente no Rio. Meu primeiro STU foi aqui, lá em 2017, também uma etapa Open, com uma galera vindo lá de fora. Sempre bom estar reunido com os amigos e toda família. Minhas expectativas são sempre as melhores possíveis. O STU sempre traz o melhor pra gente, e o Rio é o meu local favorito nesses eventos, de uma energia contagiante. Espero acertar minhas manobras e trazer algo diferente. O nível do skate aumenta cada dia mais”.

NOME A SER BATIDO?: “Todo mundo entra na pista com um objetivo só, o de ganhar. Obviamente, a gente entra e quer se divertir, mostrar o que sabemos. Mas todas estão ali pensando em chegar na final, em fazer pódio e terminar em primeiro lugar. Eu não sou diferente. Faço o possível e dou sempre o meu melhor para isso. Mas não encaro como ‘a atleta a ser a batida’, e que as meninas vão entrar lá e querer me matar dentro da pista (risos). Traço sempre as estratégias com meu técnico, como todas também fazem, para termos os melhores resultados”.

STU E OLIMPÍADA: “É uma diferença gigantesca. Quando estamos numa Olimpíada, é tudo muito rápido, por mais que a gente fique quase uma semana na Vila. Há toda uma rotina, tem ônibus, cumprir horários e tal. Andar de skate é totalmente diferente quando a gente já tem um campeonato que não acontece de 4 em 4 anos, que temos todos os anos, quase todos os meses, em lugares diferentes, como o STU. Na minha primeira Olimpíada, em Tóquio, foi tudo muito tranquilo, até porque eu era muito nova e não entendia ainda o peso que a Olimpíada carrega. Já em Paris, foi algo muito louco, que nunca senti em nenhum campeonato. Foi algo único, acho que para todo mundo, com toda aquela torcida. Parecia que estava correndo no Brasil. Eram muitos brasileiros. E vimos um nível de skate dos mais altos, supremo. Então, a diferença é absurda. Sou criada no STU, compito aqui desde que tinha 10 anos. Agora já tenho 17. São eventos distintos, cada um com suas particularidades”.

SAÚDE MENTAL: “Faço terapia desde a Olimpíada de Tóquio, para entender e lidar melhor com os meus sentimentos. Tanto fora quanto dentro da pista. Acho muito importante. Hoje em dia, não fico mais tão nervosa assim. Vou dar um exemplo… Onde mais me senti nervosa foi em Paris, acho que todo mundo viu. Depois que a gente vai criando um pouco mais de maturidade, passa a entender e a lidar melhor com o nervosismo e a ansiedade. Fico muito só de estar andando de skate, hoje é um sentimento muito diferente. Acho muito importante falarmos disso. Quanto mais a gente fala sobre saúde mental, mais o pessoal vai entender o quão importante é. Já cheguei num campeonato um pouco mal de cabeça, mas meu físico estava 100% e não consegui andar o que realmente queria. E já teve campeonato que eu estava super bem de cabeça e um pouco mal de físico e consegui dar o meu melhor. Então, brinco que o mental vem primeiro e, depois, vem o skate, o físico e tudo mais”.

Cordano Russell (CAN) – Street

ETAPA NO RIO: “Estou realmente muito feliz de estar aqui, meu principal objetivo é me divertir na pista. É minha primeira vez no Rio, meu primeiro STU foi em Porto Alegre, neste ano, também pelo Pro Tour, e amo esse circuito e seu formato de competição. Que as pessoas que virão acompanhar curtam tanto quanto nós vamos curtir. Estou ansioso para mostrar minhas manobras e passar um ótimo tempo aqui no Rio. Já consegui conhecer Copacabana e fiz algumas fotos com o Cristo Redentor ao fundo. Quanto à energia, a torcida brasileira é uma das melhores e mais envolvidas. Depois da Olimpíada de Paris até passei a ter muitos seguidores do Brasil. É incrível!”.

STU E OLIMPÍADA: “Concordo com o que a Rayssa disse. Uma Olimpíada é algo único, com toda sua estrutura e práticas próprias. Temos, por exemplo, apenas 45 minutos para treinar. Uma vez, todos os dias, e é isso. Aqui no STU podemos praticar o dia inteiro, várias vezes por dia, é mais flexível. O que é incrível, um ótimo trabalho, pensando mais no skatista, que tem mais tempo para traçar suas linhas e suas manobras. As coisas fluem de uma maneira melhor nesse sentido”.

SAÚDE MENTAL: “Honestamente, eu nunca senti pressão. De repente, por estar no skateboarding desde que me conheço como gente. É o que adoro fazer e sei o que posso fazer. E já estou competindo há muito tempo, apesar de ter apenas 21 anos. Só quero entrar na pista para mostrar o que sei, o meu estilo, e, claro, quero sempre ganhar. É tudo o que realmente quero fazer na minha vida e fazer o público se divertir com o que fazemos ali dentro. É legal sentir essa energia na pista”.

Augusto Akio (BRA) – Park

ETAPA NO RIO: “Minha expectativa é que seja mais uma grande festa do skate. Não é sempre que a gente consegue se reunir no mesmo lugar, com skatistas que vêm de tão longe, do Japão, da Europa, dos Estados Unidos… A energia será muito grande e o nível do skate, muito alto. É sempre muito bom vir pra cá. Gosto demais dessa pista, do design dela. É um projeto inicialmente desenhado pelo próprio Bob Burnquist. Então, tem uma história por trás que acaba agregando no nosso sentimento quando vem competir aqui”.

STU E OLIMPÍADA: “São duas competições muito diferentes. A Olimpíada, como o Cordano falou, é muito mais regrada, você fica um pouco engessado em questão de horário de treino, deslocamento da Vila, de ter que ir nos ônibus… Você tem um pouco menos de liberdade, mas também é um reconhecimento muito grande saber que você está indo andar de skate em uma pista que foi construída especialmente para você e mais vinte e tantos skatistas do mundo inteiro andar. A pista de Paris foi uma das melhores que já andei. Inclusive, fiquei muito chateado quando soube que ela seria destruída depois dos Jogos. Diferentemente da pista de Tóquio, que ficou como um verdadeiro legado do esporte. Aqui no STU é uma pista de Park um pouco mais democrática, porque não foi construída somente para o altíssimo nível de skate do mundo. Na verdade, é uma pista pública, onde muitas crianças, jovens e adultos, e até mesmo pessoas mais velhas e também portadoras de deficiência vêm aqui praticar. Muitos nem treinam para uma competição, não se preparam para conquistar títulos, mas vêm aqui usar o espaço e praticar o esporte por amor, por lazer, por hobby”.

SAÚDE MENTAL: “Quando se trata de saúde mental, de cuidar da cabeça no nível de competitividade que vivemos, parece que tudo se torna menos físico e mais mental. Todos nós andamos de skate há muito tempo e não temos medo de dar as manobras. Mas tem sempre aquela coisa de criar outras novas, que é algo que, mentalmente, é incômodo ao tentarmos. Não é fácil. Recentemente, comecei a trabalhar com um terapeuta para realmente me ajudar a dissecar esses pensamentos, para eu me tornar ainda mais confiante e encontrar o meu propósito. Esse é o verdadeiro combustível de como você é capaz de realizar todos os dias o que você gosta”.

Sky Brown (GBR) – Park

ETAPA NO RIO: “O STU sempre entrega o melhor pra gente. E o Rio, como a Rayssa falou, também é o meu local favorito em eventos de skate. Não é só competição. É energia do público, é lugar bonito para conhecer, são os amigos que a gente sempre vê… Posso dizer que é muito irado! Espero poder acertar minhas manobras e trazer algo diferente também. Acho que o nível do skate está aumentando cada dia mais. Estou muito feliz de estar aqui novamente”.

STU E OLIMPÍADA: “Eles praticamente já disseram tudo sobre isso. Mas, pra mim, ter essa liberdade maior no STU de se treinar mais, com horários mais abrangentes e flexíveis, é muito melhor, porque podemos praticar muito mais e conhecer melhor a pista antes da competição. Você já entra bem mais preparada, conhecendo mais e sabendo com mais perfeição o que fazer. Mais do que podemos fazer numa Olimpíada”.

A etapa do Pro Tour STU Rio é viabilizada pela Lei de Incentivo ao Esporte, tem patrocínio da Red Bull, Petrobras, Ministério do Esporte e do Governo do Brasil. Instituto Heineken, Popeyes, TYR e NHJ são os parceiros especiais e tem o apoio da ⁠ABPSK e da Drop Dead. Ainda conta com LSH como hotel oficial, Heineken 0.0 como cerveja oficial e Eletromidia como parceiro de mídia. O apoio institucional é da Subprefeitura da Barra e o Incentivo ao Esporte, da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro.

Redação Surto Olímpico

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Desde 2011, vivendo os esportes olímpicos e paralímpicos com intensidade o ano inteiro. Estamos por trás de cada matéria, cobertura e bastidor que conecta atletas e torcedores com informação acessível, atualizada e verdadeira.
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