Treinador da seleção feminina de vôlei concedeu entrevista exclusiva para o Surtocast
José Roberto Guimarães se autodenomina um professor de alma. E ao ver a seleção brasileira feminina no pódio das Olimpíadas de Paris, no meio do processo de renovação daquela equipe, se ele poderia ensinar mais e continuar por mais um ciclo. E foi o que ele fez. Zé revelou a nossa equipe em uma entrevista exclusiva para a nova edição do Surtocast, o podcast do Surto Olímpico, onde você pode ouvir na íntegra nos principais streamings de áudio – oferecimento de Mellita, Parceira oficial do vôlei brasileiro.
E para o ciclo de Los Angeles, o desafio será conseguir ter a seleção completa, sem lesões, que ele vê o grupo atual é capaz de bater qualquer seleção do mundo, inclusive a atual ‘bicho-papão’ Itália:
“A minha esperança (em 2025) era contar com todas as jogadoras bem fisicamente, bem tecnicamente, pra gente poder tocar essa parte tática da melhor maneira possível. A gente fez um bom campeonato, começa a vencer, mas a gente depois joga uma parte da VNL e o Mundial todo sem a Ana Cristina. Então eu acho assim, a minha esperança, ela tá muito dentro do seguinte: o ano que a gente conseguir jogar com todas muito bem, tendo tempo de trabalho legal, eu acho que a gente fica muito próximo da Itália, próximo da Sérvia. A gente vê assim como seleções não muito distantes (…)Então eu acho assim, a gente tem grandes chances no futuro, eu acredito muito, que a gente tem um time para brigar para de igual para igual com qualquer time do mundo e a gente já vai ver isso a partir do ano que vem”
Confira alguns outros tópicos da entrevista:
Porque decidiu por mais um ciclo?
“Final da Olimpíada (de Paris), medalha de bronze, eu olho um pouco para trás da minha carreira, vejo o público no ginásio e eu digo: ‘Pô, eu nunca mais vou ter essa adrenalina, né? Nunca mais vou viver esses momentos’. E eu falei: ‘Quer saber? Eu ainda tenho gás, gosto do que eu faço, sou apaixonado, gosto de ensinar’. Aí volto para casa, minha mulher: ‘Poxa, eu eu acho que dá mais um pouco, né?’ Eu falei: ‘Ah, quer saber, eu vou continuar mais um ciclo’. Aconteceu dessa maneira. Eu acho que a minha vida inteira eu fui um professor de alma. Eu sempre gostei de ensinar.”
Levantadoras: Calcanhar de Aquiles da renovação
“As levantadoras que a gente sempre teve de olho durante todo o tempo, o ciclo ou os ciclos, muitas optaram por ser bancos de alguns grandes times. E isso, quando a jogadora é banco, acaba atrapalhando no desenvolvimento dela. (…) Sabe, é um pouco complicado, então eu sempre que falo para as levantadoras pensem bem, vale mais a pena você jogar num time que não seja de ponta na Superliga, que seja lá oitavo, nono, décimo ou com aquela até possibilidade de décimo primeiro ou segundo, brigar para não cair, mas jogar do que você ficar num banco num grande time.”
Futuro pós Los Angeles?
É, eu não sei ainda depois de 2028. Logicamente, a seleção eu eu vou assistir depois da arquibancada, 2028 eu encerro com a seleção nacional e se Deus quiser, e tentando deixar o meu melhor. Se possível, com um pódio olímpico, que é o nosso grande objetivo.
Você pode acompanhar o surtocast nos links abaixo:











