AGAFUC vence Corinthians e é octacampeã brasileira de futebol de cegos

A equipe gaúcha se torna a maior campeã brasileira da modalidade

Taba Benedicto/CBDV
Taba Benedicto/CBDV

A AGAFUC (Associação Gaúcha de Futsal para Cegos) venceu na última sexta (12) o Corinthians por 2 a 1, nos pênaltis, pela final do Campeonato Brasileiro de Futebol de Cegos – Série A, e conquistou seu oitavo título da modalidade. O jogo, que contou com transmissão do SporTV, foi disputado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e terminou empatado em 1 a 1 no tempo regulamentar.

Os gaúchos ultrapassaram o ICB (Instituto de Cegos da Bahia), que somam sete taças, e se tornaram os maiores vencedores da história – o futebol de cegos passou a ser administrado pela CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) em 2011, mas o campeonato nacional já era realizado desde 1986.

“Graças a Deus, o time recuperou, porque não é fácil correr atrás do time adversário, um time muito bem treinado”, disse o ala Ricardinho, autor do gol de empate que levou a partida para os pênaltis – Tiago Paraná havia feito o dos corintianos. “A AGAFUC sempre chega porque tem uma equipe boa, mas porque também tem uma mentalidade de campeã. Oito títulos nacionais… Hoje, sem discussão, é o maior time do Brasil. Os títulos provam isso. Sem demérito aos outros, não é isso, mas a gente tá honrando o nosso trabalho”, completou o craque.

Esta foi a segunda decisão seguida decidida nas penalidades máximas, assim como aconteceu em 2024 contra o mesmo adversário. A final desta sexta representava ainda um tira-teima entre os rivais: no Regional Sul-Sudeste deste ano, o Timão levou a melhor. Decisivo, o goleiro Luan pegou a cobrança de Maicon e viu Tiago Paraná chutar por cima a última corintiana. Apenas Cássio converteu a sua. Pela AGAFUC, Gabriel e Nonato marcaram em suas tentativas – como o Corinthians abriu a série, não foi necessário para a equipe de Canoas bater o terceiro pênalti.

“O time do Corinthians é muito qualificado, tem uma base muito forte ali da Seleção Brasileira, tem o colombiano também. Sempre são jogos duros e foi decidido no detalhe, mais uma vez. Eles saíram na frente, a gente foi atrás ali faltando seis minutos e levamos pros pênaltis, e conseguimos ser felizes”, disse o goleiro da AGAFUC.

Presente em nove das 14 finais da competição desde 2011, a AGAFUC fez uma campanha invicta nesta edição: terminou a primeira fase na primeira colocação geral, com três vitórias. Nas quartas de final, eliminou o INV (Instituto Nova Visão) ao vencer por 3 a 1. Na semi, goleou a AMC (Associação Mato-Grossense de Cegos) com o placar de 4 a 0. Encerrou sua participação com 18 gols marcados e apenas três sofridos.

“A gente sabe que seria uma partida difícil. O Corinthians veio melhorando na competição, com o retorno do Cássio. O Roderley vem fazendo um bom trabalho. Mas não é à toa que o homem é chamado de melhor do mundo. Quando precisou, ali, ele tirou força e fez o gol do empate”, disse o técnico da AGAFUC, Rafael Astrada, referindo-se ao jogador Ricardinho. “Tornar-se a maior equipe do Brasil com oito títulos, eu, treinador, com oito títulos… é só questão de emoção mesmo, e vamos comemorar”, destacou o técnico, comandate da equipe em todas as oito conquistas (2025, 2024, 2023, 2021, 2019, 2018, 2017 e 2015).

Apace fica com o bronze pelo 3º ano seguido

Na disputa do bronze, a APACE (Associação Paraibana de Cegos) derrotou a AMC (Associação Mato-Grossense de Cegos) por 2 a 0, com dois gols de Paulo Vitor. O time de João Pessoa repete a campanha das duas últimas edições do Campeonato Brasileiro, quando também foi terceiro colocado.

Marcos Antonio

Marcos Antonio

Pai, Carioca, 40 anos, profissional de TI e cursando jornalismo. Um Fã de basquete e de todos os esportes olímpicos (e alguns não olímpicos também) que faz um trabalho de formiguinha para que todos eles tenham seu espaço. No Surto Olímpico desde 2012.
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