Análise: Brasil é favorito, mas precisa ligar alerta na reta final da Liga das Nações

Capitã Gabi tem aproveitamento no ataque menor que na edição anterior da VNL; Bloqueio brasileiro continua em alta

Foto: Volleyball World
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A Liga das Nações feminina chegou aos momentos decisivos. Nesta quinta-feira (24), o Brasil entra em quadra contra a Alemanha em busca de uma vaga na semifinal. A fase decisiva acontece em Lodz, na Polônia, até o próximo domingo (27).

A seleção busca o título inédito na competição. Criada em 2018, a Liga das Nações é o único torneio que o Brasil ainda não conquistou a medalha de ouro. Na fase classificatória, terminou na 2ª colocação (com 11 vitórias e 31 pontos), atrás apenas da Itália.

Lesão tira Ana Cristina da reta final e reforça alerta no ataque

Antes do início da Liga das Nações, José Roberto Guimarães tinha uma dupla forte de ponteiras a disposição: Julia Bergmann e Ana Cristina. Na terceira semana de competição, Aninha sofreu uma lesão no menisco do joelho esquerdo e está fora da temporada de seleções.

A princípio, a ausência de Ana Cristina não é uma questão tão preocupante taticamente, já que a ponteira Gabi se juntou ao elenco na segunda semana e sobra opções na saída de rede, com Tainara, Rosamaria, Kisy e Jheovana.

Ao olhar para as estatísticas, uma preocupação aparece. A ponteira Gabi e a oposta Rosamaria tem menos de 40% de aproveitamento no ataque – menor que Ana Cristina e Julia Bergmann. Em 2024, Gabi foi a terceira maior pontuadora no ataque, com aproveitamento de 46%. Rosamaria foi a 11ª, também com aproveitamento melhor que na edição atual.

Aproveitamento no ataque liga alerta para fase final da Liga das Nações
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Se há uma queda de rendimento da capitã, que pode ser associada a falta de ritmo pela ausência na primeira semana, a surpresa da edição é Julia Bergmann. A ponteira tem 159 pontos somados (mais que os meros 72 pontos da VNL 2024, quando não era titular absoluta), com aproveitamento de 42% no ataque.

Além disso, Bergmann, de 24 anos, tem 66% de positividade nas defesas, fortalecendo um dos tripés do Brasil. Apesar da indefinição na posição de líbero, entre Laís e Marcelle, ambas tem um aproveitamento menor que a ponteira nas defesas – mas, quando as forças se somam, a seleção de Zé Roberto consegue aproveitar melhor os contra-ataques.

Julia Kudiess lidera estatísticas de bloqueios
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Paredão verde e amarelo será essencial na reta final

Mas uma coisa não muda: o Brasil é continua uma forte escola de bloqueios. Se havia incertezas do rendimento no fundamento sem Carol e Thaisa, e com Julia Kudiess voltando de lesão, essa dúvida cessou.

A central do Minas lidera, com folga, o ranking de bloqueios da Liga das Nações. Foram 52 pontos, com média acima de 4 pontos por jogo. Diana e Lorena somam 41 pontos.

O Brasil tem 138 pontos no fundamento, somando todas as atletas. É uma média acima de 11 pontos por jogo. Se o bloqueio continuar com a média expressiva, a seleção estará mais próxima do inédito título.

João Vitor Prudente

João Vitor Prudente

Carioca apaixonado por esportes olímpicos, pelo carnaval de rua e pelo Rio de Janeiro. Surtado desde 2024.
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