Última etapa da Vuelta foi cancelada por protestos em Madri
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pediu na última segunda-feira (15) que Israel fosse banido de eventos esportivos após ativistas pró-palestinos interromperem o final da Vuelta a Espanha em cenas caóticas em Madri.
O ministro das Relações Exteriores de Israel respondeu chamando Sánchez de “antissemita e mentiroso”.
As tensões entre os países aumentaram nas últimas semanas, com o governo de esquerda espanhol expressando apoio aos manifestantes que interromperam várias etapas da Vuelta, incluindo a etapa final de domingo em Madri, devido à participação de uma equipe israelense.
Em conversa com membros de seu Partido Socialista, Sánchez disse que Israel, assim como a Rússia, não deveria ter permissão para competir em esportes internacionais devido à sua campanha militar em Gaza.
“As organizações esportivas devem considerar se é ético para Israel continuar participando de competições internacionais. Por que expulsar a Rússia após a invasão da Ucrânia e não expulsar Israel após a invasão de Gaza?”, questionou Sánchez. “Até que a barbárie acabe, nem a Rússia nem Israel devem participar de nenhuma competição internacional.”
Sánchez falou um dia após a final da Vuelta ter sido interrompida quando manifestantes pró-palestinos que se opunham à participação da equipe israelense Israel Premier Tech jogaram barreiras na pista e entraram em confronto com a polícia perto da linha de chegada. As autoridades disseram que duas pessoas foram presas e 22 ficaram feridas, nenhuma delas com gravidade.
