Brasil conquistou 114 ouros desde a primeira edição, em 1990
A Seleção Brasileira de natação disputará o Mundial de Singapura, de 21 a 27 de setembro, embalada por campanhas históricas nas duas edições anteriores do evento, realizadas ao longo do ciclo dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Foi neste período que o Brasil obteve seu melhor resultado em um Mundial da modalidade. Em 2022, Na Ilha da Madeira, em Portugal, o país conquistou 53 medalhas, 19 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze. Com isso, ficou na terceira colocação do quadro de medalhas do evento, somente atrás de Estados Unidos e Itália. A China, candidata a figurar no alto da lista, não participou da edição daquele ano.
A competição consolidou talentos que haviam se tornado campeões paralímpicos nos Jogos de Tóquio 2020 e representarão novamente o país em 2025.
CONFIRA A CONVOCAÇÃO DA SELEÇÃO BRASILEIRA PARA O MUNDIAL DE SINGAPURA
A pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (baixa visão), conquistou ouro em seis das sete provas nas quais competiu: 50m livre, 100m livre, 100m peito, 100m borboleta, revezamento misto 4×100m livre e 4×100m medley para atletas com deficiência visual; o mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, da classe S2 (comprometimento físico-motor), trouxe para o país três ouros, nos 100m costas, 20 m livre e 50m costas; já o paulista Gabriel Bandeira foi ouro nos 100m borboleta, nos 200m livre e nos 200m medley e vice nos 100m costas, todos para a classe S14 (deficiência intelectual). Além disso, compôs o time medalhista de bronze nos revezamentos 4x100m livre e 4x100m medley.
No ano seguinte, em Manchester 2023, em disputa que contou com a participação da China, o país subiu 46 vezes ao pódio, conquistando 16 medalhas de ouro, 11 de prata e 19 de bronze. Com isso, ficou na quarta colocação no quadro de medalhas, atrás de italianos, ucranianos e chineses.
O resultado em piscinas inglesas foi o terceiro melhor para o Brasil nos 11 Mundiais já disputados. Além da edição portuguesa de 2022, Manchester 2023 só não foi melhor do que Cidade do México 2017 em razão do número de ouros. Naquela edição, o país obteve 36 pódios, com 18 ouros, 9 pratas e 9 bronzes em competição marcada por grandes desempenhos dos atletas Daniel Dias, com quatro ouros individuais e dois em revezamentos, e André Brasil, com seis ouros individuais e dois em revezamentos.
Em 2017, porém, o Mundial não contou com seleções relevantes em decorrência do adiamento da competição, por causa de um terremoto que assolou a Cidade do México naquele ano. Rússia, Canadá, Grã-Bretanha e Austrália não compareceram.
Desde o primeiro dos Mundiais de natação, em Assen , na Holanda, em 1990, o Brasil já conquistou 296 medalhas, sendo 114 ouros, 73 pratas e 107 bronzes.
